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Apple é acusada de compartilhar dados do Safari com o governo chinês

Por| 14 de Outubro de 2019 às 15h30

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Reprodução: Apple
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A Apple está sendo acusada de ceder aos desejos da China pelo fato de que o país continua sendo o maior mercado de smartphones do mundo. Acontece que, no último domingo (13), a empresa alertou os criadores de conteúdo para o seu serviço de streaming Apple TV + para não ofender o governo chinês. Esse aviso veio depois que a empresa retirou, restabeleceu e depois retirou novamente um aplicativo chamado HK map Live, a pedido do próprio governo da China. O aplicativo estava sendo usado por manifestantes em Hong Kong.

Já nesta segunda (14), parece que alguns endereços IP visitados por usuários móveis do Safari estariam sendo entregues à Tencent, uma das gigantes de internet da China. No entanto, a Apple emitiu uma declaração dizendo garantindo aos clientes que as URLs dos sites visitados pelo navegador da empresa não são compartilhadas com seus parceiros de navegação segura.

Basicamente, segundo a acusação, a Apple envia essas informações ao Google Safe Browsing, um serviço que possui uma lista negra de URLs que avisa os usuários quando eles estão prestes a visitar um site "perigoso". Mas se os usuários do iOS acessarem Configurações > Safari > privacidade e segurança e lerem a seção intitulada "Aviso fraudulento de site", consta que, antes de visitar um site, o Safari pode enviar informações para a Tencent para verificar se o site é fraudulento. No entanto, o professor da Universidade Johns Hopkins, Matthew Green, publicou:

"Mas ultimamente tem havido um silêncio preocupante em Cupertino, principalmente relacionado às interações da empresa com a China. Dois anos atrás, a empresa transferiu grande parte da infraestrutura de servidores do iCloud para a China, para uso padrão por usuários chineses. Parece que a Apple não se decidiu desde que a mudança foi imposta pela lei chinesa, mas o silêncio foi ensurdecedor. A mudança envolve a transferência de servidores principais para criptografia de ponta a ponta? Os usuários não chineses seriam afetados? Os repórteres tiveram que arrastar as respostas para fora da empresa, e ainda não conhecemos muitos deles. Na mudança da navegação segura, temos outro exemplo de Apple fazendo modificações significativas em sua infraestrutura de privacidade, em grande parte sem publicidade ou anúncio. Essa abordagem para questões de privacidade é um desserviço para os usuários de todo o mundo".
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Segundo o PhoneArena, mesmo que a Apple limite o uso da navegação segura do Tencent para usuários na China, ela está potencialmente transferindo informações sobre os consumidores para o governo, tendo em mente a proteção de sua participação de mercado na China. Em resposta, a Apple disse que a Tencent é usada para dispositivos com o código de região definido para a China continental. Usuários nos Estados Unidos, no Reino Unido e em outros países não têm a navegação no site verificada na lista segura da Tencent:

"A Apple protege a privacidade do usuário e protege seus dados com o Safari Fraudulent Website Warning, um recurso de segurança que sinaliza sites conhecidos por serem maliciosos por natureza. Quando o recurso está ativado, o Safari verifica a URL do site em relação a listas de sites conhecidos e exibe um aviso se houver suspeita de que a URL que o usuário está visitando é de conduta fraudulenta, como phishing. Para realizar essa tarefa, o Safari recebe do Google uma lista de sites conhecidos como maliciosos e, para dispositivos com o código de região definido para a China continental, recebe uma lista da Tencent. O URL real de um site que você visita nunca é compartilhado com um provedor de navegação seguro e o recurso pode ser desativado".

Fonte: Phone Arena e MacRummors