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Ricos à segurança devem aumentar com "Internet das Coisas'

Por| 13 de Janeiro de 2015 às 10h00

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Ricos à segurança devem aumentar com "Internet das Coisas'
Ricos à segurança devem aumentar com "Internet das Coisas'

Você já deve ter ouvido falar na "Internet das Coisas" (IoT, na sigla em inglês), que promete conectar smartphones, pulseiras, cafeteiras, geladeiras, televisores etc entre si. Essa tecnologia desponta como uma forte tendência tecnológica no mundo, no entanto ela também desperta certa preocupação entre os analistas em segurança digital e privacidade.

Na CES 2015, maior feira de eletrônicos do mundo, realizada em Las Vegas, nos EUA, é possível ver que a promessa de "casa conectada" não parece muito distante de chegar aos consumidores dos principais mercados do mundo. No evento, é possível ver que quase tudo já pode ser conectado para facilitar a vida das pessoas. Especialistas em segurança, no entanto, advertem que, à medida que mais dispositivos forem sendo conectados à internet, as ameaças à privacidade e à segurança devem crescer consideravelmente.

Embora não haja muitos registros de ameaças à segurança de casas conectadas, especialistas preveem que hackers passarão a mirar cada vez mais os dados de nossos dispositivos e aparelhos. Ainda de acordo com as autoridades em segurança, os dados coletados poderão ser compartilhados de forma que ainda não é possível prever ou podem vir a ser parte de violações ainda maiores.

Edith Ramirez, presidente da Comissão de Comércio Federal dos EUA (a FTC, na sigla em inglês), disse na CES 2015 que a tendência de ter tantas coisas conectadas constantemente à internet apresenta riscos graves e que os grandes fornecedores precisam levar isso a sério.

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"Qualquer dispositivo que esteja conectado à internet corre o risco de ser 'sequestrado'", afirmou. "Além disso, os riscos que o acesso não autorizado cria tende a se intensificar à medida que cada vez mais dispositivos são interligados, como nossos carros, aparelhos de cuidados médicos e casas".

Um dos riscos apresentados pela presidente da FTC inclui a coleta de informações pessoais em larga escala, com ou sem conhecimento dos consumidores. Ele ainda apontou o uso indevido dessas informações e roubo real de dados como outras consequências que devem ser levadas em consideração. Segundo especialistas, isso ocorre porque os dispositivos conectados são relativamente novos no mercado e muitos deles não dispõem de recursos de segurança integrados capazes de proteger uma casa inteligente de um ataque hacker.

Um outro problema de segurança, relatado por alguns especialistas em segurança, ocorre quando um internauta visita um determinado site que contém um código malicioso embutido. Mesmo que ele não tenha clicado em nada, o código é executado e permite que o computador seja utilizado como parte de uma botnet - rede de computadores invadidas controladas a distância. Segundo Bogdan Botezatu, analista sênior de ameaças da empresa de segurança Bitdefender, "os dispositivos que estiverem conectados, como TVs e geladeiras, podem se tornar parte dessas botnets".

O poder de processamento ou as tarefas que a máquina oferece pouco importam para o hacker, segundo Botezatu. "Se permitirem chegar a um website — e permitem, porque eles se conectam a seus próprios sites — eles podem ser usados. Conseguir algo via internet ainda vale um monte de dinheiro e a Internet das Coisas é uma ferramenta poderosa para fazer isso", conclui.

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Já Chris Babel, executivo-chefe da empresa de gestão de privacidade de dados TrustE, observou que ainda estamos nos primórdios da Internet das Coisas. "Tudo ainda está muito em silos e não é muito interligado. Mas há uma quantidade enorme de valor quando tudo é conectado, tanto da perspectiva dos hackers quanto dos usuários".

Mesmo assim, Ramirez acredita que as fabricantes precisam "dar prioridade à segurança e construir a segurança em seus dispositivos desde o início". Ela aconselhou atenção à privacidade e avaliações de riscos na fase de concepção de novos produtos e que os consumidores sejam forçados a configurar novas senhas criptografadas em vez de utilizar senhas padrão em dispositivos sensíveis, como roteadores de internet.