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Microfone espionava Assange na embaixada do Equador em Londres

Por| 03 de Julho de 2013 às 12h00

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Guy Corbishley/Demotix/Corbis
Guy Corbishley/Demotix/Corbis

Um microfone foi descoberto no interior da embaixada equatoriana em Londres, onde o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está refugiado. O Ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, afirma que o aparelho foi encontrado há duas semanas dentro do escritório da embaixadora Ana Albán.

A descoberta aconteceu durante uma visita de Patiño ao Reino Unido, que tinha como objetivo discutir a situação de Assange no país. "Lamentamos informar que descobrimos um microfone escondido em nossa embaixada em Londres", disse o Ministro durante uma coletiva em Quito na última terça-feira (02), de acordo com a agência de notícias Reuters.

Patiño alega que não revelou a descoberta antes, pois não queria que o tema de sua visita a Londres fosse confundido com essa questão. "Além disso, em primeiro lugar, queremos verificar com precisão qual pode ser a origem desse dispositivo de interceptação", completou.

Ele descreveu a descoberta do microfone como "outro exemplo da falta de ética em nível internacional das relações entre os governos", e disse que iria revelar mais detalhes a respeito de quem poderia ter plantado o dispositivo na embaixada nesta quarta-feira (03).

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O ministro ressaltou que as denúncias de espionagem dos Estados Unidos envolvem países como França e Alemanha, "que têm equipes de inteligência e de segurança muitíssimo mais avançadas, desenvolvidas e experientes que o Equador, mas, no entanto, foram alvos de espionagem".

Patiño e Assange na embaixada equatoriana em Londres (Foto: Guy Corbishley/Demotix/Corbis)

Em relação ao caso do criador do WikiLeaks, Assange vive dentro da embaixada há mais de um ano para evitar sua extradição para a Suécia, onde é acusado por duas mulheres de abuso sexual e estupro. Ele nega todas as acusações e teme que, caso seja enviado para a Suécia, possa ser extraditado para os Estados Unidos para enfrentar as acusações sobre a divulgação de documentos confidenciais do governo norte-americano no WikiLeaks.

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Depois de conversar com Assange até as quatro horas da manhã no dia 17 de junho, Patiño disse que as negociações em relação ao caso ainda são infrutíferas, mas que o governo do Equador e o jornalista estão preparados para um longo jogo de espera. Assange diz que, se for preciso, está preparado para passar mais cinco anos dentro da embaixada de Londres.