5 mil sites falsos continuam usando a pandemia como isca para roubo de dados
Por Felipe Demartini | Editado por Claudio Yuge | 06 de Agosto de 2021 às 14h00
A vacinação pode estar avançando e a reabertura, próxima, mas a pandemia continua sendo um tema bastante usado por criminosos na hora de aplicar golpes online. A Kaspersky, empresa especializada em segurança digital, localizou mais de cinco mil sites falsos que ainda usam o novo coronavírus (SARS-CoV-2) como arma para tentar roubar credenciais de usuários, com o Brasil sendo um dos países mais atingidos.
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De acordo com a empresa, a América Latina lidera o ranking de territórios com maior incidência desse tipo de tentativa, com o nosso país em primeiro, seguido da Colômbia e do México. Tem a ver, claro, com o fato de a pandemia ainda estar ativa e com milhares de casos nestas nações, o que leva a um interesse adicional dos usuários por tratamentos, equipamentos de segurança e máscaras, que são usados como isca pelos criminosos.
Anúncios falsos, por exemplo, trazem promoções de testes de COVID-19 ou máscaras altamente eficazes a um custo baixo. Em outros casos analisados pela Kaspersky, também foram encontradas propagandas de eventos presenciais, ofertas em restaurantes e eventos durante a após a pandemia, além de certificados falsos de vacinação. O objetivo final é roubar dados de cartões de crédito e informações pessoais das vítimas.
Não é hora de relaxar os cuidados, tanto digitais quanto com a saúde. De acordo com a empresa de segurança, um milhão de pessoas foram impedidas de acessar os sites fraudulentos durante o segundo trimestre de 2021. De acordo com os pesquisadores, maio foi o mês de maior atividade criminosa até agora, com queda em junho e retorno em julho, quando 14% mais bloqueios foram realizados pelas plataformas de segurança especializadas.
A recomendação dos especialistas é de atenção no acesso a sites relacionados a temas de saúde, com os usuários evitando realizar pesquisas e compras fora de serviços reconhecidos. Ofertas mirabolantes, produtos milagrosos ou entregas gratuitas de produtos devem ser ignoradas, já que provavelmente são falsas, com os indivíduos não devendo preencher cadastros nem passar dados pessoais ou bancários por estes meios.
Mensagens de e-mail ou que cheguem por mensageiros instantâneos devem ser ignoradas, sem que o usuário realize downloads de aplicações ou clique em links que cheguem por esses meios. Como sempre, é importante manter sistemas operacionais sempre atualizados, assim como softwares de segurança, que também devem estar ativos para que detectem e bloqueiem os golpes comuns.