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Walmart vai parar de vender cigarros eletrônicos nos Estados Unidos

Por| 23 de Setembro de 2019 às 08h40

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Pixabay
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Depois de um crescimento expressivo no número de casos de pessoas doentes — e mortas — por conta dos casos relacionados aos cigarros eletrônicos, muitas lojas e varejistas vêm reconsiderando a venda desses produtos. Aliás, os vapes com sabores estão proibidos nos Estados Unidos e, agora, de acordo com a CNBC, o Walmart vai parar de vendê-los.

A decisão aparece em um memorando interno emitido pela companhia e vem em um momento de muita pressão dos reguladores federais sobre o caso. O motivo de maior preocupação, além da alta de atendimentos médicos, é a grande popularidade que os e-cigs têm entre os adolescentes. Alguns países até mesmo estão se movimentando para banir esses gadgets, que muitas vezes são usados para fumar maconha e, principalmente, substâncias desconhecidas ou tóxicas.

Para piorar, os médicos não conseguem identificar exatamente quais as principais causas dos problemas pulmonares e por que as doenças progridem rapidamente para um estágio grave. "Dada a crescente complexidade regulatória federal, estadual e local e a incerteza em relação aos cigarros eletrônicos, planejamos interromper a venda de produtos de entrega de nicotina eletrônica em todas as localidades do Walmart e Sam's Club nos Estados Unidos.”

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Outras entidades querem a redução do uso dos vapes

Muitas autoridades vêm pedindo uma regulamentação mais restritiva por parte do Food and Drug Administration (FDA, equivalente à Anvisa dos EUA), e companhias como a CBS, a WarnerMedia e a Viacom já se comprometeram a não veicular anúncios de cigarros eletrônicos. O bilionário Mike Bloomberg adiantou que vai disponibilizar US$ 160 milhões à sua entidade filantrópica, para investir em programas para desestimular o uso dos vapes junto aos adolescentes.

Quem não gostou nada é a Juul, que domina 70% do mercado de e-cigs e levantou US$ 12,8 bilhões juntou à gigante do tabaco Altria Group, em um investimento feito em dezembro de 2018. "Você sabe que está em pânico moral quando grandes empresas como o Walmart acham mais fácil vender produtos de tabaco combustíveis mortais do que comercializar alternativas de redução de danos", disse Gregory Conley, o presidente do The American Vaping Association.

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É, a discussão deve continuar, mas certo é que bastante gente vem deixando de usar o vape, pelo menos por enquanto, pois as misteriosas internações por conta desses produtos só vêm aumentando nos últimos meses.

Fonte: Tech Crunch, CNBC