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Vitamina B6 reduz ansiedade e depressão, segundo estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Julho de 2022 às 17h37

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 Beverly Buckley / Pixabay
Beverly Buckley / Pixabay

Um estudo publicado na revista científica Human Psychopharmacology: Clinical and Experimental nesta terça-feira (19) indicou que a vitamina B6 reduz ansiedade e depressão. A teoria é que a substância ajuda o corpo a produzir um mensageiro químico específico que inibe os impulsos no cérebro, e esse efeito calmante pode ser benéfico para atenuar os efeitos desses transtornos.

O novo estudo da University of Reading (Reino Unido) se concentrou no papel potencial das vitaminas B6, que são conhecidas por aumentar a produção de GABA (ácido gama-aminobutírico), um químico que bloqueia os impulsos entre as células nervosas do cérebro.

Trata-se do principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central. É sintetizado a partir do glutamato (um dos neurotransmissores mais importantes do nosso sistema nervoso). "O GABA é um neurotransmissor não estimulante, e é responsável por abaixar a atividade cerebral", disse ao Canaltech o neurocirurgião Dr. Renato Andrade Chaves, em nosso especial sobre neurotransmissores.

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Para o estudo, mais de 300 participantes receberam aleatoriamente suplementos de vitamina B6 ou B12, aproximadamente 50 vezes a dose diária recomendada, e tomaram um por dia com alimentos durante um mês. O estudo mostrou que a vitamina B12 teve pouco efeito em comparação com o placebo durante o período de teste, mas a vitamina B6 mostrou uma diferença notável.

Para se ter uma noção, os pesquisadores conseguiram até mesmo registrar visualmente as mudanças sutis no cérebro, causada pelos níveis elevados de GABA entre os participantes que tomaram suplementos de vitamina B6.

Vale lembrar que a vitamina B6 pode ser encontrada em muitos alimentos, incluindo atum, grão de bico e muitas frutas e legumes. No entanto, as altas doses usadas no estudo sugerem que os suplementos seriam necessários para ter um efeito positivo no humor. Ainda assim, o assunto precisa ser estudado com mais calma, e a indicação dos especialistas é que a substância seja administrada lado a lado com a Terapia Cognitivo Comportamental, para aumentar seu efeito.

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Fonte: Human Psychopharmacology: Clinical and Experimental via University of Reading