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Vietnã detecta coronavírus híbrido de variantes da Índia e do Reino Unido

Por| Editado por Luciana Zaramela | 31 de Maio de 2021 às 15h20

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photocreo/Envato
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Uma nova variante híbrida do coronavírus SARS-CoV-2 foi descoberta no Vietnã. No sábado (29), o ministro da Saúde do país confirmou a identificação da nova cepa do vírus da COVID-19 e detalhou que o agente infeccioso é fruto da fusão entre as variantes da Índia (B.1.617) e do Reino Unido (B.1.1.7).

Segundo o ministro Nguyen Thanh Long, a nova cepa foi identificada em alguns pacientes contaminados no país. Posteriormente, cientistas do país investigaram a composição genética das amostras e confirmaram que a variante carrega mutações tanto da cepa do Reino Unido quanto da variante da Índia. O ministro também afirmou que, em análises preliminares, a nova cepa parece mais transmissível.

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"Fusão" de cepas do coronavírus?

De forma geral, a fusão de variantes — ou recombinação — ocorre durante o processo de reprodução do coronavírus, dentro das células do hospedeiro. O mais provável é que o primeiro caso da variante tenha ocorrido em um paciente que apresentasse um caso de coinfecção pelo coronavírus, ou seja, a pessoa carregava simultaneamente duas variantes diferentes do agente infeccioso (a britânica e a indiana). Dessa forma, as diferentes informações genéticas, na hora da replicação, podem ter se misturado e originaram o vírus híbrido.

Segundo o ministro, a maioria das transmissões da variante foi identificada em Bac Ninh e Bac Giang, duas províncias densas e com zonas industriais no país. Especificamente em Bac Giang, uma empresa identificou que um quinto de seus funcionários foi infectado pelo coronavírus, o que representava 4,8 mil trabalhadores. Não é possível afirmar que todos tenham contraído a cepa recém-anunciada.

Além disso, o ministro acredita que a nova variante seja responsável pelo aumento recente de casos da COVID-19 no Vietnã, já que ela foi identificada em 30 dos 63 municípios e províncias do país. Até agora, o país imunizou cerca de 1 milhão de pessoas com doses da Covishield (Oxford/AstraZeneca) e o governo estuda um acordo com outros laboratórios para a proteção da população.

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Fonte: MedicalXPress