Variante do coronavírus na África do Sul traz preocupações sobre a vacina
Por Natalie Rosa | 05 de Janeiro de 2021 às 12h45
No fim de 2020, duas variantes do coronavírus foram encontradas, uma no Reino Unido e outra na África do Sul, trazendo ainda mais aflição para a população e para quem está trabalhando no desenvolvimento da vacina contra a COVID-19. E, de acordo com o secretário de Saúde britânico Matt Hancock, em depoimento feito na última segunda-feira (4), a versão sul-africana do vírus é a mais preocupante.
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"Estou incrivelmente preocupado com a variante da África do Sul. Essa é o motivo pelo qual agimos e restringimos todos os voos com origem no país. É um problema muito, muito significativo, e é mais preocupante do que a nova variante do Reino Unido", contou Hancock à Rádio BBC.
Ainda não há informações que comprovem que as cepas encontradas no Reino Unido e na África do Sul causem uma forma mais grave da doença, ou que as vacinas não sejam eficazes para a contaminação por elas, mas, em relação à vacina sul-africana, autoridades britânicas acreditam que a história pode ser diferente. Segundo cientistas, a variante encontrada na África do Sul possui múltiplas mutações importantes na proteína espinhosa, responsável por se agarrar nas células humanas e infectar o indivíduo. Porém, o estudo ainda está em andamento.
Além disso, ambas as variantes podem contar com uma carga viral ainda maior, o que implicaria em uma quantidade maior de partículas infecciosas sendo expelidas pelo organismo e, consequentemente, em mais contaminações. Mas a maior preocupação das autoridades, no entanto, é que as vacinas não funcionem nesta nova variante encontrada no país africano, e por isso as doses vêm sendo testadas na cepa para possíveis ajustes que, se forem necessários, serão aplicados em até seis semanas.