Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Mito ou verdade? Vacinas contra COVID-19 funcionam melhor nos homens?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Maio de 2021 às 10h00

Link copiado!

CDC/Unsplash
CDC/Unsplash

A Michigan State University levantou uma questão acerca da vacina contra COVID-19: a eficácia é maior nos homens? Pelo menos, é isso que indicam os estudos da Moderna e da Pfizer, por exemplo. 

Para o pesquisador Morteza Mahmoudi, isso tem a ver com nanopartículas, algo que as duas vacinas em questão têm em comum. Ele vem estudando como e por que as nanopartículas podem afetar os pacientes de forma diferente com base no sexo. A vacina da Johnson & Johnson também chamou a atenção para as diferenças entre os sexos, porque seu raro efeito colateral de coágulos sanguíneos afetou predominantemente o sexo feminino. Mas esse caso é diferente: a vacina usa adenovírus modificados em vez de nanopartículas.

As vacinas da Moderna e da Pfizer usam nanopartículas baseadas em lipídios, que são moléculas de gordura que formam pequenas esferas na água, como bolhas. As empresas farmacêuticas então "embalam" com essas nanopartículas à base de lipídios os ingredientes ativos das vacinas, e assim, as usam como veículos de entrega para enviar as cargas úteis das vacinas às células imunológicas.

Continua após a publicidade

Com isso em mente, Mahmoudi projetou um experimento para testar se nanopartículas à base de lipídios poderiam ser a razão por trás da diferença na eficácia da vacina para homens e mulheres. Sua equipe adicionou nanopartículas à base de lipídios a amostras de sangue coletadas de 18 pacientes (oito doadores do sexo masculino e 10 do sexo feminino).

Os pesquisadores encontraram uma diferença significativa entre homens e mulheres para um tipo de célula chamado Natural Killer (NK). São glóbulos brancos essenciais que formam a primeira linha de defesa imunológica inata. Basicamente, são os responsáveis ​​por encontrar outras células infectadas e matá-las. O grupo descobriu que as células assassinas naturais respondem às nanopartículas à base de lipídios de uma maneira específica para cada sexo.

As NK de participantes do sexo feminino absorveram menos nanopartículas do que as do sexo masculino. Isso tem potencial para explicar porque os sistemas imunológicos de homens e mulheres respondem de forma diferente à vacina.

Continua após a publicidade

Fonte: Molecular PharmacologyMichigan State University via Futurity