Vacina do HPV | Veja quem pode tomar o imunizante no SUS
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela | •
O Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou o uso da vacina contra o papilomavírus humano (HPV4). Agora, pessoas imunossuprimidas de até 45 anos podem receber o imunizante, de forma gratuita. A medida beneficia indivíduos que passaram por transplantes de órgãos, vivem com HIV ou tratam algum tipo de câncer.
A ampliação do acesso ao imunizante do HPV foi anunciada na quinta-feira (7) pelo Ministério da Saúde. Segundo a pasta, o esquema vacinal contra o vírus será de três doses, independente da idade do paciente.
Vale a pena tomar a vacina?
"A imunossupressão crônica é um dos principais fatores de risco para aquisição e persistência do HPV. Este também é um importante fator de risco para a progressão de lesões pré-cancerosas e neoplasias, especialmente em pessoas vivendo com HIV/Aids, transplantados de células tronco-hematopoiéticas e órgãos sólidos e indivíduos em tratamento para câncer (radio e/ou quimioterapia)", afirma a Saúde, em comunicado.
Nesse sentido, o acesso à vacina do HPV é importante, já que cerca de 700 mil casos novos da doença são identificados todos os anos no Brasil. Além disso, o risco de desenvolvimento de cânceres associados ao vírus é cerca de quatro vezes maior entre pessoas que vivem com o HIV e transplantados, do que na população sem a doença ou transplante.
Quem pode se imunizar contra o HPV no SUS?
Após a última atualização da Saúde, três grupos de indivíduos podem se imunizar contra o HPV, de forma gratuita, no SUS. A seguir, confira quais são:
- Meninas de 9 a 14 anos;
- Meninos de 11 a 14 anos;
- Homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.
Quem já se infectou por algum tipo pode se vacinar?
Vale explicar que, mesmo pessoas, que já contraíram alguma forma de HPV, devem se imunizar, caso se encaixem nos critérios do SUS, já que a fórmula é tetravalente. Nas redes sociais, o infectologista Vinícius Borges lembra: "Nem sempre você sabe qual [tipo] teve, e ela [a vacina] protege contra quatro tipos (6, 11, 16 e 18)". Além disso, o médico acrescenta que a vacina "pode ter proteção cruzada para outros subtipos também". "É segura e não causa recidiva ou agravamento da doença", completa.
Fonte: Agência Brasil e Ministério da Saúde