Vacina de Oxford | AstraZeneca não tem doses para vender a empresas brasileiras
Por Fidel Forato | •
Nesta terça-feira (26), a farmacêutica AstraZeneca, responsável pelo desenvolvimento da vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) em parceria com a Universidade de Oxford, informou que não dispõe de doses disponíveis do imunizante para a comercialização no mercado privado, como o brasileiro. Nos últimos dias, essa possibilidade era discutida.
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“No momento, todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, incluindo da Covax Facility, não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado”, afirmou a farmacêutica, através de nota. Vale lembrar que o Covax Facility é um consórcio internacional que busca uma distribuição igualitária de vacinas entre os países. Inclusive, o Brasil integra a iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Disputa por doses da vacina de Oxford
Para o combate da COVID-19, empresários brasileiros solicitaram uma autorização ao governo federal para comprar 33 milhões de doses da vacina de Oxford, sendo que metade do montante adquirido seria doado para o Sistema Único de Saúde (SUS). Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro também afirmou que apoiaria uma iniciativa privada de importação de imunizantes para a vacinação de seus funcionários.
No entanto, a farmacêutica já alertou que não poderá disponibilizar doses para este tipo de compra no momento. Na mesma nota, a AstraZeneca também ressaltou que, como parte do acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mais de 100 milhões de doses da vacina de Oxford estarão disponíveis ao Brasil, em parceria com o governo federal. Esse número deve beneficiar, de forma significativa, a vacinação dos brasileiros.
“Nos últimos 7 meses, trabalhamos incansavelmente para cumprir o nosso compromisso de acesso amplo e equitativo no fornecimento da vacina para o maior número possível de países ao redor do mundo”, declarou a empresa. Além disso, o acordo com o Brasil também prevê a produção nacional do imunizante, com a transferência de tecnologia para a Fiocruz.
Na União Europeia (UE), a farmacêutica ainda é alvo de críticas e cobranças por admitir que irá atrasar a entrega de doses já contratadas ao bloco, devido à falta de estoque de vacinas disponíveis.
Fonte: Agência Brasil e G1