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Vacina da Pfizer tem 100% de eficácia em adolescentes após quatro meses

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Novembro de 2021 às 15h50

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Divulgação/BioNTech
Divulgação/BioNTech

A Pfizer e a BioNTech anunciaram nesta segunda-feira (22) os resultados de um estudo da vacina contra a covid-19 em indivíduos entre 12 e 15 anos. As descobertas atualizadas mostram que o imunizante teve 100% de eficácia por mais de quatro meses após a segunda dose.

No comunicado divulgado pela farmacêutica, os eventos adversos foram consistentes com outros dados de segurança clínica para a vacina — sem que houvesse a manifestação de problemas graves durante os seis meses de acompanhamento.

Ao todo, 2.228 adolescentes participaram do ensaio e os resultados baseiam-se em dados divulgados anteriormente. Segundo o texto, isso demonstra uma forte proteção contra o coronavírus. Foram 30 casos sintomáticos confirmados de covid no ensaio, com e sem evidência de infecção anterior. Todas as pessoas estavam no grupo que recebeu placebo (substância que não interage com o organismo) e não houve registro de casos sintomáticos que tenham recebido a vacina da Pfizer-BioNTech, correspondendo à eficácia da vacina de 100%.

Albert Bourla, presidente do conselho e diretor executivo da Pfizer, disse que a equipe está ansiosa para compartilhar esses dados com o órgão regulador dos Estados Unidos (FDA) e outras agências ao redor do mundo. “À medida que a comunidade global de saúde trabalha para aumentar o número de pessoas vacinadas, esses dados adicionais fornecem mais confiança na segurança e no perfil de eficácia de nossa vacina em adolescentes. Isso é especialmente importante porque vemos as taxas de covid-19 subindo nessa faixa etária em algumas regiões, enquanto a adesão à vacina desacelerou”, disse.

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Mecanismo de ação

O imunizante da Pfizer-BioNTech é baseado na tecnologia de mRNA. Para entender melhor como isso funciona, tenha em mente que nosso organismo usa naturalmente RNA, tipo de ácido nucleico bem parecido com DNA, para produzir proteínas. Isso funciona como um agente capaz de expor as informações presentes no nosso código genético.

Isso quer dizer que o RNA ajuda no processo de decodificação das características genéticas dos indivíduos, que estão sempre contidas no DNA. Com o coronavírus, a vacina da Pfizer usa o mRNA para imitar a proteína spike — característica do vírus que torna capaz de invadir as células humanas. Quando essa cópia é introduzida no nosso organismo, ela não infecta como a doença original, mas é suficiente para criar reações e ativar o sistema imunológico contra o coronavírus.

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Após a vacina entregar a cópia da proteína spike, o corpo destrói esse mensageiro, mas absorve o código que ele carrega. As células que são responsáveis por esse processo, chamadas de antígenos, disseminam a informação da parte que foi infectada pelo mRNA para outras, as chamadas células T.

Essas, por sua vez, têm funções imunológicas de respostas antivirais, ou seja, produzem citocinas ou eliminam a célula infectada. A partir do momento em que elas detectam parte da proteína spike, elas emitem um alerta para outras células de defesa — o que caracteriza o processo de proteção e combate ao coronavírus.

E as crianças?

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O imunizante da Pfizer contra covid é o único autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para a aplicação em menores de 18 anos no país. Hoje, a vacinação é válida para adolescentes de 12 a 17 anos. Contudo, no início do mês, a farmacêutica entrou com o pedido de autorização na Anvisa para uso em crianças de 5 a 11 anos.

A solicitação da farmacêutica pede que a dosagem da vacina para a faixa etária seja ajustada para menores de 12 anos. Dessa forma, a proposta é ter frascos diferentes, com dosagem específica para cada grupo (maiores ou menores de 12 anos). A agência reguladora realizará uma análise técnica sobre o assunto e terá o prazo de 30 dias para a avaliação do pedido.

Fonte: Pfizer