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Vacina da Janssen deve chegar ao Brasil perto do prazo de validade

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Junho de 2021 às 18h23

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twenty20photos/envato
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Nos próximos dias, o Brasil deve receber o primeiro lote de 3 milhões de doses da vacina da Janssen — braço farmacêutico da Johnson & Johnson — contra o coronavírus SARS-CoV-2. No entanto, o carregamento de imunizantes contra a COVID-19 de dose única deve chegar perto do prazo de validade. Para sermos mais específicos, as vacinas precisarão ser aplicadas até o dia  27 de junho, quando vencem.

Nesta terça-feira (8), a questão sobre o prazo de validade das doses da vacina da Janssen foi compartilhada pelo Ministério da Saúde a técnicos das secretarias estaduais de todo o país. Como a previsão — ainda não confirmada — de desembarque do carregamento é na próxima terça-feira (15), a pasta prepara uma complexa operação de logística para que todas as doses possam ser aplicadas nos brasileiros, sem desperdícios. 

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No total, haverá pouco mais de uma semana para receber, distribuir as doses para os estados e aplicar os 3 milhões de doses do imunizante nas pessoas. Segundo a Saúde, as vacinas devem ser distribuídas apenas às capitais, o que facilitaria a aplicação, já que essas regiões contam, de maneira geral, como melhor infraestrutura. Isso, por exemplo, já é feito com carregamentos da Pfizer/BioNTech, porque precisam ser mantidas em temperaturas mais baixas. 

Além disso, o ministério deve coordenar uma ampla campanha de utilidade pública incentivando as pessoas a procurarem os postos de saúde, já que as doses precisarão ser usadas nesse intervalo curto de tempo. Por fim, a Saúde esclarece que o país tem capacidade de aplicar até 2,4 milhões de doses de vacinas por dia, o que garante a capacidade de aplicar estas doses.

Eficácia da Janssen contra a COVID-19

Vale lembrar que pesquisas sobre o imunizante de dose única destacam que a eficácia global — o que envolve casos moderados e leves —  é de 66%. Além disso, a taxa de proteção é estimada é de 85%, quando são considerados apenas os casos graves da COVID-19, ou seja, quando a internação é necessária. No Brasil, voluntários participaram dos estudos clínicos de Fase 3.

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Para a proteção, a vacina contra o coronavírus adota uma plataforma vetor viral não replicante. Em outras palavras, os cientistas adotam um adenovírus humano (Ad26) modificado para não se replicar mais. Tal adenovírus é editado para carregar a proteína spike do coronavírus. A partir desse fragmento de material genético do coronavírus nas células, o sistema imunológico do corpo aprende a identificar e combater o agente infeccioso. Estável, a fórmula pode ser armazenada em freezers comuns, entre 2 °C e 8 °C.

Fonte: Folha de S. Paulo