Uso emergencial da vacina de Oxford contra a COVID-19 é solicitado no Brasil
Por Fidel Forato |
Nesta sexta-feira (8), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começa a analisar um segundo pedido de autorização de uso emergencial, feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para a vacina de Oxford contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Mais cedo, a Anvisa recebeu os documentos para a avaliar a vacina CoronaVac contra a COVID-19.
- CoronaVac | Anvisa analisa pedido de uso emergencial da vacina contra a COVID-19
- Vacinação contra COVID-19 começará neste mês no Brasil, diz ministro da Saúde
- Vacina da Pfizer-BioNTech é eficaz contra a mutação do coronavírus, diz estudo
Segundo a Anvisa, a expectativa é completar a análise do uso emergencial para a vacina de Oxford, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, em até 10 dias. Segundo as informações compartilhadas, o pedido da Fiocruz é para o uso de duas milhões de doses da vacina que devem ser importadas do laboratório Serum, sediado na Índia. Esse total poderá imunizar um milhão de brasileiros, pertencentes aos grupos de risco da COVID-19 e profissionais da saúde, por exemplo.
Sobre o trabalho de análise, "as primeiras 24h serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório. O prazo de 10 dias não considera o tempo do processo em status de exigência técnica", afirma a agência, em nota. Essa análise é feita por uma equipe multidisciplinar que envolve especialista das áreas de registro, monitoramento e inspeção da agência.
No Reino Unido, a vacina de Oxford já obteve autorização de uso emergencial. Por lá, as autoridades de saúde pública adotaram o uso das duas doses completas do imunizante contra a COVID-19, na qual a taxa de eficácia da fórmula é de 62% contra infecções do coronavírus. Para isso, a vacina utiliza a plataforma vetor viral não replicante, a partir de um adenovírus, encontrado em chipanzés, conhecido por chamado ChAdOx1. Esse adenovírus é editado geneticamente e tem incluído, em seu material genético, a proteína spike do novo coronavírus. Bastante estável, essa fórmula pode ser armazenada em freezer comuns, entre 2°C e 8°C.
Uso emergencial de vacinas
Também nesta sexta-feira, a Anvisa recebeu o pedido de autorização de uso emergencial da vacina CoronaVac contra a COVID-19, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan. Segundo o governo de São Paulo, a CoronaVac obteve uma taxa de eficácia de 78% para casos leves da COVID-19. Em outras palavras, 78% dos imunizados não contraíram a infecção no estudo nacional. O prazo também é de até 10 dias para a concessão.
A seguir, confira o quadro da Anvisa, atualizado hoje, sobre os status das análises preliminares de vacinas contra a COVID-19 no Brasil:
Fonte: Agência Brasil e Anvisa