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Um em cada 9 adolescentes brasileiros usa algum tipo de cigarro eletrônico

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FORMM agency/Unsplash
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Nesta semana, um levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que um em cada nove adolescentes brasileiros usa algum tipo de cigarro eletrônico. A pesquisa, que ouviu mais de 16 mil pessoas com 14 anos ou mais, faz parte do Terceiro Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad 3), realizado entre 2022 e 2024, e é a primeira vez que os dispositivos eletrônicos entram no estudo.

O uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes já é cinco vezes maior do que o consumo de cigarros tradicionais, que representa apenas 1,7% entre os jovens. Entre os adolescentes de 14 a 17 anos, 8,7% relataram ter usado os dispositivos no último ano, sendo o índice ainda mais elevado entre meninas (9,8%) do que entre meninos (7,7%).

Apesar da proibição da venda dos vapes no Brasil, os pesquisadores alertam para a facilidade de acesso ao produto, principalmente pela internet e para o fato de que essa acessibilidade amplia o consumo e torna o problema "invisível" aos olhos das autoridades.

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O estudo também aponta riscos à saúde, já que os cigarros eletrônicos podem conter níveis mais elevados de nicotina e outras substâncias tóxicas do que os cigarros convencionais. Outro alerta gira em torno do aumento do uso desses dispositivos, que pode representar um retrocesso nas políticas antitabagistas bem-sucedidas das últimas décadas.

Além dos dados alarmantes, o estudo ofereceu encaminhamento para tratamento aos participantes, disponibilizando atendimento no Hospital São Paulo e no Centro de Atenção Integral em Saúde Mental da Unifesp (CAISM). A pesquisa serve de alerta para a necessidade de novas ações de prevenção voltadas aos adolescentes brasileiros, especialmente frente à popularização do cigarro eletrônico.

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Fonte: Agência Brasil