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Tipo de colágeno pode manter células do câncer dormentes, sugere estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Dezembro de 2021 às 18h30

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National Cancer Institute/Unsplash
National Cancer Institute/Unsplash

Pesquisadores do Hospital Mount Sinai, nos Estados Unidos, descobriram que um tipo específico de colágeno — a principal proteína que compõe o tecido conjuntivo — era muito mais concentrado em áreas ao redor de células cancerígenas dormentes do que nas ativas. Para os cientistas, essa relação pode ser uma das respostas que explicam o porquê do câncer avançar ou não.

Em estudo publicado na revista científica Nature Cancer, os cientistas norte-americanos detalharam as descobertas sobre esse colágeno, conhecido como colágeno tipo III, em camundongos. No modelo animal, a presença da proteína era, pelo menos, um marcador da capacidade da doença em se espalhar.

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Além disso, os pesquisadores analisaram amostras de pacientes humanos com câncer de cabeça e pescoço. A equipe verificou que o câncer que se espalhou para nódulos linfáticos tendem a ter tumores primários com menos colágeno tipo III nas proximidades do que em pacientes sem câncer nos nódulos linfáticos.

Estudos sobre as células dormentes do câncer

Na pesquisa com roedores, a equipe investigou a função do colágeno em animais com câncer de cabeça e pescoço e de mama. A ideia era identificar alterações entes as células cancerosas ativas e dormentes.

Com o passar do tempo, a concentração do colágeno tipo III em torno das células cancerosas dormentes diminuía naturalmente. Em seguida, as células cancerosas se tornavam ativas. Durante esse processo, o colágeno muda sua estrutura, ficando menos ondulado e mais linear.

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Segundo os pesquisadores, esse colágeno altera a química do corpo e mantém as células cancerosas próximas dormentes. Inclusive, descobriram que interromper esse processo faz com que as células cancerosas sejam reativadas.

Em um novo experimento, a equipe testou aplicações de colágeno para prevenir o crescimento de tumores ativos, o que funcionou. Com a injeção, eles cresciam mais lentamente. Dessa forma, a equipe descobriu um possível indicador da atividade do câncer e também uma forma de controle.

Agora, é necessário validar todas essas descobertas no organismo humano e verificar se a mesma resposta será gerada. Caso sim, novas terapias poderão ser desenvolvidas contra o câncer.

Fonte: Nature Cancer