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3ª dose "não é um luxo" e protege os vulneráveis, aponta divisão europeia da OMS

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Agosto de 2021 às 16h20

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Ckstockphoto/Envato Elements
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No combate ao coronavírus SARS-CoV-2, muitos países discutem a adoção da terceira dose das vacinas contra a COVID-19. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém um posicionamento bastante claro sobre a questão: ainda é cedo. No entanto, o entendimento parece não ser mais consenso dentro da entidade com o novo posicionamento da divisão europeia.

De forma geral, a OMS defende que as vacinas cheguem ao maior número de pessoas do globo, o que ainda não ocorre hoje. Isso porque apenas 1,6% das pessoas em países de baixa renda receberam pelo menos uma dose, segundo dados da plataforma Our World in Data.

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Nesse cenário de desigual ao acesso de vacinas contra a COVID-19, a terceira dose foi classificada, durante a semana passada, como um “erro técnico, moral e político” pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Um dos argumentos é de que, sem o controle global da pandemia e da distribuição mais igualitária dos imunizantes, novas variantes do coronavírus vão surgir e, constantemente, ameaçarão as proteções fornecidas pelas vacinas.   

Posição sobre a terceira dose do diretor regional da OMS na Europa

Nesta segunda-feira (30), o diretor regional da OMS na Europa, Hans Kluge, discordou publicamente dos posicionamentos defendidos, até agora, pela organização. Durante entrevista coletiva, Kluge afirmou que “uma terceira dose da vacina não é um reforço de luxo retirado de alguém que ainda está esperando pela primeira injeção; é basicamente uma forma de manter os mais vulneráveis ​​seguros”.

De acordo com Kluge, a combinação de altas taxas de transmissão do coronavírus — desencadeada pela variante Delta, descoberta pela primeira vez na Índia — e a cobertura vacinal relativamente baixa na Europa era “profundamente preocupante”. Inclusive, alguns países do continente já observam um aumento nas admissões hospitalares e as mortes em toda a região.

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Nesse sentido, Kluge defendeu que as autoridades de saúde devem “examinar muito de perto o que determina a adoção da vacinação para determinados grupos populacionais [como a queda da imunidade] e, em seguida, estabelecer intervenções sob medida para impulsionar a adoção [da vacinação]”.

“A estagnação na absorção da vacina na região é uma preocupação séria”, disse ele. “Agora que as medidas de saúde pública e sociais [contra a COVID-19] estão sendo relaxadas em muitos países, a aceitação da vacinação pública é crucial para evitar uma transmissão maior, doenças mais graves, um aumento nas mortes e um risco maior de novas variantes”, ressaltou sobre os novos riscos da pandemia.

Em paralelo, "há uma necessidade clara de aumentar a produção, compartilhar doses e melhorar o acesso à vacina”, comentou Kluge sobre a necessidade de maior distribuição de imunizantes contra a COVID-19 para todo o globo.

Fonte: The Guardian