Taxa de transmissão da COVID-19 volta a crescer no Brasil, segundo estudo
Por Fidel Forato | 18 de Novembro de 2020 às 10h45
O novo coronavírus (SARS-CoV-2) ainda é um desafio para o mundo e a pandemia da COVID-19 não terminou, inclusive no Brasil. Nesse cenário, a taxa de transmissão do coronavírus — também conhecido como Rt ou taxa R — volta a crescer no país e está acima de 1, depois de um período de queda. O cálculo considera a média das estimativas de mortes na comparação das duas últimas semanas.
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Atualmente, a Rt é estimada em 1,1, segundo monitoramento do Imperial College de Londres, no Reino Unido, divulgado nesta terça-feira (17). Isso significa que cada grupo de cem pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 110 pessoas. Ainda pelas estatísticas do instituto, essa taxa pode ser maior (até Rt = 1,24) ou menor (até Rt = 1,05).
De maneira geral, quando o Rt é superior a 1, cada infectado transmite a infecção para mais de uma pessoa e a COVID-19 avança. De acordo com todas as estimativas brasileiras do instituto, é este o cenário nacional, onde a epidemia volta a crescer. Inclusive, nos últimos dias, informações sobre o aumento de internações devido ao coronavírus tanto na rede privada quanto na pública de saúde foram divulgadas na cidade de São Paulo.
Para evitar que esse índice cresça mais, é importante o rastreio pessoas infectadas e o isolamento desses casos da COVID-19. Além disso, é necessário manter as medidas de proteção contra a infecção, como uso de máscaras, por exemplo.
COVID-19 no Brasil
A partir dos dados disponibilizados pelas secretarias de saúde dos estados, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) atualizou os números da COVID-19 na segunda-fera, dentro do território nacional. São 5.876.464 casos diagnosticados para a COVID-19, sendo que a média móvel de novas notificações dos últimos sete dias é de 28.766.
No total, são 166.014 óbitos acumulados em decorrência da infecção causada pelo coronavírus, sendo que a média móvel de óbitos dos últimos sete dias é de 484 mortes. Com isso, a taxa de mortalidade no país é de 79 para cada 100 mil habitantes, enquanto a de incidência da infecção respiratória é de 2.796,4 para cada 100 mil pessoas.
Entre os estados, São Paulo registra os maiores números totais desde a chegada do coronavírus em fevereiro. São 1.169.377 casos da COVID-19 e 40.576 mortes acumuladas. No ranking, o segundo estado é o Rio de Janeiro, com 327.455 contaminados e 21.301 óbitos, seguido por Minas Gerais, com 383.473 casos e 9.517 mortes.
Para acessar as estimativas mundiais das taxas de transmissão da COVID-19, desenvolvidas pela universidade Imperial College, clique aqui.
Fonte: Imperial College London, com informações G1