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Tamanho da barriga aumenta risco de câncer de próstata, segundo estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Maio de 2022 às 16h15

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Masson-Simon/Envato
Masson-Simon/Envato

Apresentado no Congresso Europeu de Obesidade e publicado no periódico científico BMC Medicine, um novo estudo demonstrou uma ligação entre o aumento da gordura abdominal e maiores riscos de desenvolver câncer de próstata: cada 10% a mais na circunferência, segundo os cientistas, acresce 7% nas chances da doença se manifestar.

Pesquisa em grande escala

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Os dados utilizados na pesquisa vieram de 20 estudos com participação de 2,5 milhões de homens, cujos indicadores de saúde foram acompanhados por 11 anos, incluindo diagnósticos e mortes por decorrência do câncer de próstata. Os indivíduos que apresentaram obesidade, em particular, tiveram maior gravidade na doença, com a circunferência abdominal sendo um referencial da letalidade da doença, além de indicar o risco de desenvolvê-la.

A cada cinco pontos acrescidos no cálculo do IMC (índice de massa corporal), calcula-se que o risco de morte por câncer de próstata aumenta em cerca de 10%. No Reino Unido, onde o estudo foi feito, estima-se que até 1.300 mortes pela doença poderiam ser evitadas todos os anos: no recorte acompanhado nos estudos, 661 homens faleceram em decorrência da condição, segundo o UK Biobank.

As medidas de avaliação acerca de sobrepeso e adiposidade e o entendimento sobre o que os configura vêm mudando ao longo dos anos, admitem os pesquisadores, mas, ao menos no caso específico do câncer de próstata, a tendência do aumento da gordura corporal associada à condição patológica ainda se manteve. Análise do mesmo estudo ainda concluiu que pessoas mais altas também têm risco aumentado de desenvolver câncer de próstata.

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Embora a associação tenha sido descoberta, o motivo do aumento da severidade do câncer em relação à obesidade ainda não é claro. Enquanto estudam as possibilidades, os pesquisadores teorizam que possa ser algum mecanismo do corpo ou, ainda, um fator ligado à demora do diagnóstico de homens com obesidade, o que acabaria inflando os números dos casos mais letais nesse recorte populacional, e, portanto, algo não necessariamente ligado ao seu peso.

Fonte: BMC Medicine 1, 2