Surto de COVID-19 na China cancela voos e interrompe transporte público
Por Natalie Rosa | 20 de Julho de 2020 às 13h15
Depois de se tornar a origem e o epicentro da COVID-19, a China começou a apresentar números próximos à estabilização no decorrer dos meses, com pequenos surtos aparecendo em algumas regiões. Recentemente, novos casos começaram a surgir no território de Xinjiang e, mesmo sendo poucos, as autoridades não hesitaram em tomar medidas para evitar um maior alcance da doença.
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Foram seis casos confirmados de pessoas apresentando sintomas da COVID-19 e 11 assintomáticos, o que resultou na interrupção do transporte público, que consiste em ônibus e uma única linha de metrô. A China vem levando bem a sério qualquer número de casos que apareça, determinando medidas duras de lockdown.
Na última quinta-feira (16), uma mulher de 24 anos testou positivo para o novo coronavírus após apresentar sintomas da COVID-19, e três de seus contatos próximos também foram diagnosticados com a doença, mas são assintomáticos. Outro caso sem sintomas é de um homem que viajou de Urumqi até a província de Zhejiang.
Na sexta-feira (17), mais de 600 voos do Aeroporto Internacional de Ürümqi Diwopu foram cancelados, sendo mais de 80% do total. Segundo declaração de usuários em redes sociais, os habitantes também foram instruídos a não deixarem suas casas, e algumas pessoas foram impedidas de entrar ou sair da cidade de Kashgar, localizada em Xinjiang.
Também desde a sexta-feira, algumas linhas aéreas, como a Juneyao Airlines e a Shenzhen Donghai Airlines, estão exigindo dos passageiros que estão viajando de ou para Urumqi que mostrem testes negativos realizados em menos de sete dias. Para não desencadear pânico na população, a mídia estatal garantiu que os supermercados estão bem abastecidos de alimentos.
Até o momento, a China conta com 85.314 casos confirmados da doença e 4.644 mortes. A capital, Pequim, já não apresenta novos casos há 11 dias.
Fonte: BBC