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Curva do coronavírus em SP deve continuar subindo até 2021, afirma Butantan

Por| 16 de Julho de 2020 às 20h00

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Pixabay
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Mesmo que o número de casos da COVID-19 e as mortes em decorrência da infecção tenham se estabilizado no estado de São Paulo e, até mesmo, alguns hospitais de campanha terem sido desmontados — como foi o caso do Hospital do Pacaembu — casos do novo coronavírus (SARS-CoV-2) devem continuar em ritmo de expansão até o início de 2021.

Pelo menos é esse cenário que o diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, antecipa. Caso o isolamento social seja mantido no atual estágio, entre 45% a 50%, a taxa de contágio (Rt) deverá se estabilizar ou atingir o valor “um” entre setembro e novembro de 2020, o que fará com que a curva de casos confirmados e óbitos iniciem sua “descida” apenas no começo de 2021. Para entender, a taxa de contágio “um” significa que cada contaminado transmite a doença para outra pessoa, criando um ciclo de novos casos.

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Entenda o cenário

“Nós vamos manter essa epidemia por um bom tempo ainda. [Vamos manter também] provavelmente a taxa de mortalidade, embora possa até estar estabilizada em um patamar elevado. Nós estamos tendo em torno de 300, um pouco mais de 300 óbitos por dia no estado de São Paulo, o que corresponde a um Boeing 747. Estamos tendo a explosão de um Boeing 747 por dia e pode ser que isso ainda se prolongue até o ano que vem”, explicou Covas.

Nesse ritmo, as projeções mostram que possivelmente no começo do ano que vem, ainda haverá transmissão ativa com a taxa de contágio acima de "um" na população de São Paulo, afirmou Covas durante debate virtual promovido pela Agência Fapesp e pelo Canal Butantan ontem (14).

Até ontem (14), o estado de São Paulo registrava 386.607 casos confirmados da COVID-19 e 18.324 mortes acumuladas pela infecção respiratória. No cenário nacional, é São Paulo que notifica os maiores números totais desde a chegada do coronavírus em fevereiro.

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Fonte: Agência Brasil