Substância presente em shampoo e esmalte pode causar diabetes tipo 2
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |

Segundo um estudo publicado no periódico Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, a exposição a ftalatos (produtos químicos encontrados em uma variedade de produtos, incluindo sabonetes, shampoos e esmaltes) pode desencadear diabetes tipo 2. A substância também está associada à redução da fertilidade, além de outros distúrbios endócrinos.
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A pesquisa possibilitou descobrir que os ftalatos podem contribuir para uma maior incidência de diabetes principalmente em mulheres, além de aumentar o risco de várias doenças metabólicas. "É importante abordarmos os produtos químicos desreguladores endócrinos agora, pois são prejudiciais à saúde humana", apontam os cientistas, em comunicado.
Para chegar a isso, os pesquisadores estudaram 1.308 mulheres durante seis anos. Cerca de 5% das mulheres desenvolveram diabetes durante o período. Através da análise, o grupo concluiu que as mulheres expostas a altos níveis de alguns ftalatos tiveram uma chance 30 a 63% maior de desenvolver diabetes.
“Nossa pesquisa é um passo na direção certa para entender melhor o efeito dos ftalatos nas doenças metabólicas, mas mais investigações são necessárias”, afirmam os envolvidos.
Diabetes tipo 2
Conforme nos revela o Ministério da Saúde, o diabetes mellitus pode se apresentar de diversas formas e possui diversos tipos diferentes. "Independente do tipo de diabetes, com aparecimento de qualquer sintoma é fundamental que o paciente procure com urgência o atendimento médico especializado para dar início ao tratamento", afirma a Pasta.
O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. A causa está diretamente relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão, além de hábitos alimentares inadequados.
A recomendação do Ministério é manter acompanhamento médico para tratar, também, dessas outras doenças, que podem aparecer junto com o diabetes. Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo.
Fonte: EurekAlert, New York Post, Ministério da Saúde