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Startups brasileiras desenvolvem sistema com IA que detecta febre a distância

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Reprodução/ CNN Wire
Reprodução/ CNN Wire

Saber se uma pessoa está com febre ou não é uma boa medida para identificar possíveis pacientes infectados pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Isso porque, além da tosse e da falta de ar, a alteração na temperatura (acima de 37,8°) é um dos principais sintomas da COVID-19. Pensando nisso, duas startups brasileiras desenvolveram o Fevver, equipamento com Inteligência Artificial (IA) que identifica pacientes com febre.

Hoje, indivíduos que chegam ao Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, já têm suas temperaturas medidas automaticamente, a distância, por esse sistema de visão computacional instalado em um totem na recepção do local.

Batizado em alusão à palavra febre, em inglês, o equipamento possui câmera termográfica e algoritmos de reconhecimento facial, que escaneiam o rosto de pessoas e mede suas respectivas temperaturas de maneira automatizada.

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Através de uma tecnologia para detecção térmica de radiação de energia infravermelha (termografia), desenvolvida pela Radsquare, é medida a temperatura dos cantos dos olhos, onde estão localizados os canais lacrimais.

“Como são estruturas sem cobertura epidérmica [de pele], têm umidade relativamente estável e são vascularmente muito próximas do cérebro, onde é realizado o controle térmico corporal, os dutos lacrimais são os locais ideais para avaliar a temperatura corporal por termografia”, explica à Agência Fapesp, Felipe Brunetto Tancredi, CSO da Radsquare.

No caso da tecnologia detectar que um paciente esteja com febre, o sistema do Fevver tira uma foto e gera uma notificação para a equipe de enfermagem ou da recepção do hospital, que pode identificar facilmente o doente.

Uso ampliado do Fevver

“Essa tecnologia é extremamente útil para fazer triagem de forma muito rápida e direcionar pessoas que estão com febre e eventualmente com COVID-19 para um local adequado. Isso aumenta a segurança não só dos pacientes, mas dos funcionários do hospital”, afirma José Cláudio Cyrineu Terra, diretor de inovação do Hospital Albert Einstein.

Para além do hospital e de outros setores da rede privada, a ideia dos pesquisadores é que esse sistema possa ser utilizado em hospitais de campanha, que começaram a funcionar nos últimos dias em diferentes regiões do país, além do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Governo de São Paulo e Agência FAPESP

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