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Smartwatch pode ser prejudicial para algumas pessoas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Fevereiro de 2023 às 13h57

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Anelehbakota/Envato
Anelehbakota/Envato

Após inúmeras simulações em laboratório, cientistas norte-americanos detectaram que o uso de smartwatches e outros wearables podem afetar negativamente o comportamento de dispositivos eletrônicos cardíacos implantáveis ​​(DCEI), como marca-passos. Por isso, é recomendado que indivíduos com alguns tipos específicos de problemas cardíacos não usem tecnologias do tipo.

Publicado na revista científica Heart Rhythm, o estudo sobre o risco de wearables no funcionamento dos dispositivos para o coração foi liderado por pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. Descoberta deve ser encarada como um sinal de alerta para os pacientes e deve ser melhor investigada em pesquisas clínicas (com humanos).

Hoje, "nossos resultados indicam que esses dispositivos eletrônicos de consumo podem interferir em pacientes com DCEI", pontuam os autores. "Os presentes achados não recomendam o uso desses dispositivos nessa população devido ao potencial de interferência", orientam.

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Como smartwatches e wearables afetam implantes cardíacos?

O risco está associado exclusivamente com o recurso que permite a bioimpedância — análise da composição corporal e medição de sinais vitais —, que envolve a emissão de uma corrente elétrica no corpo. Embora a corrente seja quase imperceptível, sendo medida apenas em microamperes, ela pode desregular o funcionamento dos aparelhos para o coração.

“A detecção de bioimpedância gerou uma interferência elétrica que excedeu as diretrizes aceitas pela [agência federal] Food and Drug Administration e interferiu no funcionamento adequado dos DCEI”, afirma Benjamin Sanchez Terrones, um dos autores do estudo, em comunicado.

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Entre os dispositivos médicos implantáveis que podem ser afetados, estão:

  • Marca-passos;
  • Desfibriladores cardioversores implantáveis ​​(CDI) ;
  • Dispositivos de terapia de ressincronização cardíaca (TRC).

Diante da descoberta, Sanchez pontua que o uso de um relógio inteligente e outros equipamentos do tipo pode eventualmente provocar interrupções na estimulação ou choques cardíacos desnecessários, colocando em risco a saúde do usuário. A recomendação tem caráter preventivo.

Vale observar que este não é o primeiro estudo a observar a interferência de smartwatches e de outros aparelhos eletrônicos no funcionamento de dispositivos eletrônicos cardíacos implantáveis. Anteriormente, outra pesquisa norte-americana identificou o risco de interferência magnética e orientava que os wearables fossem mantidos a uma distância mínima de 15 cm dos dispositivos médicos.

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Fonte: Heart Rhythm e Elsevier