Site de triagem gratuita do coronavírus esclarece como funciona nos EUA
Por Claudio Yuge | 19 de Março de 2020 às 19h20
No final de semana passado, vários usuários estadunidenses ficaram confusos sobre um suposto formulário online do Google que poderia ajudar as pessoas a identificarem positivo para o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Claro que, com a rápida evolução da COVID-19 em todo o mundo, o site passou a ser bastante procurado. Mas, agora, as companhias envolvidas explicam melhor como tudo funciona, para não haver mal-entendido.
A empresa de tecnologia da saúde Verily é de propriedade da Alphabet, empresa-mãe do Google, e possui um utilitário na web que serve como uma preparação para encaminhar possíveis pacientes para unidades nos condados de Santa Clara e San Mateo, na Califórnia. A página fornece triagem e possíveis testes gratuitos para aqueles que são elegíveis, com base em seus critérios: além de estarem localizados nesses locais, os participantes também devem ter 18 anos ou mais; serem residentes nos Estados Unidos, capazes de falar e ler em inglês; e estarem dispostos a assinar um formulário de autorização de saúde pública COVID-19.
Esse formulário fornece permissão à companhia para coletar as informações das pessoas envolvidas. Quem pretende usar também deve ter ou criar uma conta Google. Sobre o armazenamento dessas informações, a Verily afirma que "segue as normas federais e estaduais que regem a coleta e o uso dos dados de um indivíduo" e guarda os dados de forma segura, “em um formato criptografado”.
Base de dados sobre saúde
A equipe da Verily diz que essas informações serão compartilhadas com profissionais de saúde, pessoal de laboratório e autoridades do setor. Os dados também poderão ser compartilhados com o fornecedor de tecnologia de dados da Verily parceiros, incluindo o Google. Vale destacar que tanto a gigante de Mountain View quanto a Amazon e a Apple têm se interessado cada vez mais por esse tipo de coleta nos últimos anos.
A Verily adiantou que não compartilhará conteúdo específico com provedor algum, e nem mesmo com médicos, sem o consentimento direto — e prometeu também que não usará o que foi obtido nos formulários para publicidade. O site destaca que o que realmente fornece aos participantes é uma pesquisa com várias perguntas, capazes de determinar a elegibilidade inicial, seguidas de um questionário mais aprofundado, destinado a avaliar o risco de uma pessoa em relação a realmente ter contraído o coronavírus.
Isso é usado para determinar essas pessoas serão direcionadas a um site de testes físicos, que incluem o recebimento de um cotonete nasal, para coleta de amostra. Depois de alguns dias, os pacientes recebem os resultados. A companhia escreveu um comunicado, no final de semana, afirmando que vem trabalhando ao lado do governador da Califórnia, Gavin Newsom, para expandir a ferramenta para outras áreas do estado.
Fonte: TechCrunch