Sexo pode desencadear crise de asma, segundo estudo
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 10 de Novembro de 2022 às 16h32
Um novo estudo apresentado na edição mais recente do congresso científico American College of Allergy, Asthma and Immunology (ACAAI) apontou que o sexo pode ser um gatilho em potencial para as crises de asma.
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Os pesquisadores fizeram um questionário com as pessoas para saber quais formas de exercício poderiam causar uma crise de asma, e perceberam que não se costuma levar em consideração as relações sexuais.
“Muitas pessoas não percebem que o gasto de energia da atividade sexual é equivalente a subir dois lances de escada. Os casos relatados são pouco frequentes, possivelmente porque aqueles que sofrem um surto de asma podem não perceber o gatilho”, afirmam os autores.
Para obter maiores informações sobre a relação entre o sexo e as crises de asma, os pesquisadores analisaram diversos estudos da área. Para isso, pesquisaram no banco de dados Pubmed uma variedade de palavras-chave, incluindo “relação sexual", "asma" e "reação alérgica”.
Segundo os especialistas envolvidos, outra possível causa de subnotificação dessa condição é a natureza íntima do assunto, levando em conta que as pessoas podem não se sentir à vontade para discutir com seu alergista uma crise de asma causada pelo sexo.
Asma
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia define asma como uma doença comum das vias aéreas ou brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões) causada por inflamação das vias aéreas, capaz de trazer sintomas como:
- Falta de ar ou dificuldade para respirar
- Sensação de aperto no peito ou peito pesado
- Chiado no peito
- Tosse
A causa exata da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que seja por um conjunto de fatores: genéticos (história familiar de alergias respiratórias, asma ou rinite) e ambientais. Além disso, vale entender que a asma varia muito de pessoa para pessoa e num mesmo indivíduo.
"Quando a asma induzida por atividade sexual é identificada e tratada adequadamente, os alergistas são mais capazes de melhorar a qualidade de vida de seus pacientes”, relembram os autores.
Fonte: EurekAlert!, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia