Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Sexo das células impacta reação a doenças cardíacas, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Março de 2022 às 16h34

Link copiado!

Robina Weermeijer/Unsplash
Robina Weermeijer/Unsplash

Segundo um estudo publicado na revista científica Circulation, as células do coração apresentam diferenças sexuais que podem impactar o desenvolvimento de determinadas doenças. Isso reforça hipóteses anteriores, de que as válvulas cardíacas de pessoas com cromossomos XX e XY podem enrijecer de formas distintas.

Os pesquisadores testaram a reação do organismo de roedores com os cromossomos XX e XY a doenças cardiovasculares e descobriram que essas diferenças sexuais ainda persistem nas células mesmo após retirar cirurgicamente os órgãos reprodutivos responsáveis pela produção dos hormônios sexuais.

Os experimentos seguiram com o auxílio de um hidrogel capaz de imitar a rigidez do tecido da válvula cardíaca, permitindo que os cientistas pudessem estudar as células em um ambiente que semelhante ao corpo de um ser vivo.

Continua após a publicidade

No artigo, os cientistas mencionam que as células cultivadas no hidrogel foram capazes de replicar as diferenças sexuais observadas no tecido cardíaco, o que levou a notar que as células com cromossomos XX eram mais propensas a fibrose (formação de excesso de tecido, que acontece durante um processo de cicatrização), em comparação com as células com cromossomos XY.

Sexo, gênero e cardiopatias

Com essas disparidades em mente, os pesquisadores buscaram compreender quais tratamentos funcionariam melhor para os diferentes cromossomos. Por exemplo: é sabido pela ciência que mulheres são menos propensas a tomar medicação cardiovascular que homens. Pessoas transgênero, aliás, têm mais riscos de sofrer ataques cardíacos que pessoas cisgênero. A conclusão, depois que os testes foram realizados, é que as pessoas de cromossomo XX são menos propensas do que pessoas XY a receber medicamentos cardiovasculares.

Continua após a publicidade

A ideia é que o estudo possa lançar luz sobre a importância de um tratamento personalizado com base nos diferentes cromossomos, promovendo melhor saúde cardiovascular.

Fonte: Circulation via The Conversation