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Senado norte-americano discute o novo coronavírus como possível pandemia

Por| 03 de Março de 2020 às 18h15

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De acordo com especulações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve considerar o novo coronavírus SARS-CoV-19 e a doença COVID-2019 como uma pandemia global, já que a disseminação de pessoa para pessoa está ocorrendo fora da China, explica funcionário do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), hoje (3), para o Senado dos Estados Unidos.

Vale afirmar que a definição de uma epidemia é a propagação pontual de um vírus, onde os casos aumentam até chegarem ao limite e depois diminuem gradualmente. Já uma pandemia é a propagação, em escala mundial, de uma nova doença, como pontua a OMS. Isso significa que em uma pandemia muitos países são afetados ao mesmo tempo por uma mesma enfermidade.

Para a Dra. Anne Schuchat, diretora adjunta principal do CDC, em declarações preparadas ao Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões do Senado norte-americano, o surto causado pelo novo coronavírus já atende a dois dos três principais critérios para a designação técnica de uma pandemia.

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Entenda o pronunciamento

″É um novo vírus e é capaz de se espalhar de pessoa para pessoa”, comenta Schuchat. “Se a disseminação sustentada de pessoa para pessoa na comunidade se estabelecer fora da China, isso aumentará a probabilidade de que a OMS a considere uma pandemia global", afirma a funcionária do CDC sobre a possível mudança no entendimento do novo coronavírus.

Já na semana passada, o CDC intensificou suas atividades para se preparar para um possível surto da COVID-2019 nos Estados Unidos. “Estamos pedindo ao público americano que trabalhe conosco para se preparar para a expectativa de que isso possa ser ruim”, explicou Nancy Messonnier, diretora do Centro Nacional de Imunização e Doenças Respiratórias do CDC.

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Nesse cenário, inclusive as escolas devem considerar a divisão dos alunos em grupos menores ou fechar e usar a “educação escolar pela Internet”, disse Messonnier. “Para adultos, as empresas podem substituir as reuniões presenciais por videoconferência ou telefone e aumentar as opções de teletrabalho”, acrescentou.

Essa mudança de postura acontece em um momento em que as autoridades de saúde do estado de Washington confirmaram pelo menos seis mortes, perto de Seattle, desde o fim de semana. No país, são mais de 100 casos da nova infecção, segundo o mapa interativo da Universidade Johns Hopkins.

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Posição da OMS

Na segunda-feira (2), as autoridades da OMS afirmaram que o número de novos casos da COVID-2019, fora da China, era quase nove vezes maior do que o registrado no país asiático nas últimas 24 horas.

Mesmo assim, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que as autoridades de saúde não “hesitam” em declarar o surto uma pandemia se "é isso que as evidências sugerem”. O comentário é uma justificativa as acusações de que a organização esteja subestimando o novo coronavírus.

Na sexta-feira (28), Ghebreyesus já havia explicado que a OMS não declarou uma pandemia em parte porque a maioria dos casos de COVID-2019 ainda estava ligada a contatos ou grupos de casos conhecidos, e ainda não havia nenhuma “evidência de que o vírus esteja se espalhando livremente.”

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Fonte: CNBC