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Sangue de lhama poderia ser a solução contra o coronavírus; entenda

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E se, de repente, as lhamas fossem grandes aliadas nessa luta que estamos enfrentando contra a COVID-19, popularmente conhecida como coronavírus? Pois é justamene isso que um estudo norte-americano vem apontar. De acordo com essa pesquisa, o sangue de lhama pode ser a chave para desbloquear novos tratamentos para a doença.

Basicamente, o estudo detalha como os anticorpos especiais no sangue de lhamas podem ser unidos para criar um novo anticorpo com a capacidade de ligar a proteína spike (como chamamos a proteína que o SARS-CoV-2 usa para infectar as células). Ao se ligar à proteína spike, o anticorpo pode impedir o SARS-CoV-2, de infectar outras células. Jason McLellan, biólogo molecular da Universidade do Texas em Austin e co-autor sênior do estudo, disse que este é um dos primeiros anticorpos conhecidos por neutralizar o vírus em questão.

Isso foi descoberto, em parte, graças aos esforços de uma lhama chamada Winter. Em 2016, Winter ajudou os cientistas a estudarem o vírus, recebendo injeções de proteínas ativadas ao longo de semanas. Como resultado, os cientistas foram capazes de identificar anticorpos que transitavam em direção a essas proteínas spike e isolar os que se mostraram promissores na neutralização do vírus. Quatro anos depois, a lhama que ajudou nessa pesquisa continua viva, e esse trabalho inicial pode significar que estamos um passo mais perto de neutralizar a COVID-19.

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O que acontece é que as lhamas produzem anticorpos diferentes dos seres humanos e um tipo específico é apenas um quarto do tamanho dos anticorpos vistos nas pessoas, uma vantagem que os pesquisadores pensam que podem levar em consideração.

Daniel Wrapp, co-primeiro autor do estudo e parte da equipe de pesquisa, declarou por meio de uma entrevista à Cnet que deparar-se com o resultado foi emocionante, uma vez que trabalhavam nisso há anos, mas que não havia uma grande necessidade de tratamento ao vírus na época, sendo apenas uma pesquisa básica.

Independentemente dos sucessos iniciais do estudo — e do comportamento positivo da lhama Winter — isso não significa que os anticorpos sejam imediatamente viáveis ​​como preventivos ou curativos. Com base nisso, a equipe da Universidade do Texas em Austin continua com estudos pré-clínicos em animais, com o objetivo de desenvolver um tratamento para seres humanos.

Fonte: Cellpress via CNet

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