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Rússia, China e EUA não assinam acordo internacional de acesso a vacinas

Por| 24 de Setembro de 2020 às 18h50

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Cottonbro/Pexels
Cottonbro/Pexels

Ao todo, 156 países estão comprometidos em reunir recursos para o desenvolvimento, compra e distribuição de duas bilhões de doses da vacina contra a COVID-19, com previsão conclusão até o final de 2021. A união das nações corresponde a cerca de 64% da população mundial.

Para Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), o comprometimento com o programa, batizado de COVAX, não é apenas a coisa mais certa a se fazer, como a mais inteligente. O executivo vem liderando o esforço junto à organização suíça Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI) e da fundação Gavi, The Vaccine Alliance, criada pela Fundação Bill e Melinda Gates.

O esforço global exige, ao menos, o investimento total de US$ 35 bilhões para combater a pandemia, mas até o momento o arrecadado é de aproximadamente US$ 3 bilhões. Entre os 156 países participantes da iniciativa estão 64 países de alta renda e 92 de baixa e média renda, com expectativa que mais 38 países assinem o acordo nos próximos dias.

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Estão na lista países de diferentes continentes, como o Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Japão, Nova Zelândia, Paraguai, Arábia Saudita, Áustria, Bélgica, Finlândia e Islândia. Ficaram de fora os Estados Unidos, Rússia e China. A administração do presidente Donald Trump afirmou, no início deste mês, que não iria fazer parte do programa devido ao envolvimento da OMS, meses após Trump dizer que queria retirar o país da organização. A Rússia e a China, por sua vez, já emitiram suas autorizações para vacinas experimentais e já começaram a distribuição antes mesmo da conclusão dos testes clínicos, no chamado caráter emergencial. No país asiático, dezenas de milhares de pessoas já foram vacinadas.

Os países participantes da iniciativa terão uma porcentagem garantida de uma vacina de sucesso para o combate do coronavírus. Recentemente, a OMS divulgou um relatório explicando como o COVAX fará a distribuição das doses, em um processo que vai envolver duas fases. Na primeira fase, cada país receberá o abastecimento de vacinas correspondente a 20% da população, priorizando profissionais da linha de frente, idosos e pessoas com comorbidades.

No entanto, a meta irá se iniciar com 3% da população, também priorizando alguns grupos, devido à escassez de suprimentos. A primeira fase não será encerrada até cada país atingir 20% da população vacinada, o que dará início à segunda fase que irá vacinar o restante de acordo com critérios envolvendo a transmissibilidade e vulnerabilidades.

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A lista com todos os participantes do COVAX está disponível neste link.

Fonte: Ars Technica