Rússia anuncia 95% de eficácia da vacina Sputnik V após segunda dose
Por Nathan Vieira |
No início do mês, depois que a farmacêutica norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech anunciaram eficácia de mais de 90% na prevenção da infecção em sua candidata à vacina contra COVID-19, Oksana Drapkina, diretora de um instituto de pesquisa do Ministério da Saúde, anunciou que a candidata russa Sputnik V também é mais de 90% eficaz. Nesta terça-feira (24), a Rússia anunciou que a Sputnik V tem eficácia de mais de 95% após a aplicação da segunda dose.
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Os resultados preliminares foram obtidos com voluntários 42 dias após a aplicação da primeira dose e 21 dias após a segunda. Em contrapartida, os dados ainda não foram revisados. Para chegar à conclusão, os cientistas consideraram os dados obtidos 28 dias após a aplicação da primeira dose (7 dias após a segunda), apontando eficácia de 91,4%. O cálculo foi feito com base nos resultados de 18.794 voluntários que já receberam a vacina ou placebo.
Segundo o anúncio feito pelo Instituto Gamaleya de Moscou, por trás do desenvolvimento da candidata em questão, entre os que receberam a vacina (14.095), oito contraíram COVID-19. Já entre os que receberam placebo (4.699), houve 31 casos positivos da doença.
A expectativa dos russos é que um novo relatório seja divulgado quando os diagnósticos positivos de covid entre voluntários chegarem a 78. Vale ressaltar que, em meio a essas novidades, foi anunciado também que não houve eventos adversos inesperados nos voluntários que receberam a vacina. Alguns apresentaram dor no local de aplicação, febre, dor de cabeça, fadiga e outros sintomas leves.
Atualmente, a Sputnik V está na fase 3 de testes, a última antes de ser aprovada para aplicação em massa. Participam dessa etapa do estudo 40 mil voluntários na Rússia, Belarus, Emirados Árabes Unidos, Índia e Venezuela.
Acompanhando o anúncio da eficácia, o Instituto também trouxe à tona o preço: acontece que a Sputnik V custará US$ 10 por dose, o equivalente a R$ 53, e será gratuita para cidadãos russos. Na fórmula da Sputnik V são utilizados dois adenovírus humanos, o Ad26 e o Ad5, ambos conhecidos por causar o resfriado comum. Como uma parte da população já pode ter contraído essas infecções, a imunidade do composto pode ser reduzida.
Fonte: The Moscow Times