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Ruído branco, rosa ou marrom: para que serve cada um?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Outubro de 2023 às 15h30

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RosZie/Pixabay
RosZie/Pixabay

Você já ouviu falar de ruído branco, rosa ou marrom? Trata-se de tipos específicos de sons, com propriedades acústicas únicas que os torna relevantes em uma variedade de aplicações, desde a terapia de som à engenharia de áudio e até pesquisa científica. Inclusive, alguns desses artigos sugerem que os ruídos coloridos podem ajudar a acalmar ou melhorar a qualidade do sono.

Com isso em mente, é possível observar que cada tipo de ruído colorido (branco, rosa ou marrom) pode afetar a percepção e o bem-estar das pessoas de maneiras distintas.

Ruído branco

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O ruído branco é um tipo de som que contém uma ampla faixa de frequências audíveis, todas com a mesma intensidade. Levando em consideração que todas as frequências dentro da faixa de audição humana são representadas no ruído branco de forma igual, sem ênfase em nenhuma frequência específica, o resultado é que soa como um som "sem cor", ou seja: sem distinção de tons ou notas musicais.

Assim, o ruído branco é muitas vezes comparado ao som de uma cachoeira, estática de uma televisão sem sinal ou o som do vento, por exemplo.

Mas para que serve o ruído branco? Alguns artigos científicos apontaram a capacidade de melhorar o sono, reduzir o choro em bebês, melhorar o desempenho no trabalho ou até mesmo reduzir os sintomas de TDAH. No entanto, os próprios pesquisadores reconhecem que ainda precisam de mais provas para concluir de maneira concreta acerca dos benefícios desse ruído.

Ruído rosa

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O ruído rosa possui uma distribuição de energia de frequências que diminui à medida que as frequências aumentam. Isso significa que as frequências mais baixas no espectro sonoro têm uma amplitude maior em comparação com as frequências mais altas. Pode se assemelhar ao som de uma queda de água moderada ou à chuva caindo de forma constante, por exemplo.

Essa característica leva a uma qualidade sonora distinta, na qual as frequências mais graves são mais proeminentes do que as agudas. Falamos, então, de um som mais equilibrado e suave em comparação com o ruído branco, no qual todas as frequências têm a mesma intensidade.

Em estudo publicado no periódico Journal of Theorecial Biology, pesquisadores revelaram que o ruído rosa pode "sincronizar as ondas cerebrais e induzir a atividade cerebral a um estado especializado, ou seja, a um nível de complexidade inferior". Como resultado, leva a um tempo de sono mais estável e menos fragmentado.

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Conforme justifica o estudo, a atividade cerebral tem algumas ondas cerebrais especializadas que aparecem com frequências diferentes em estados diferentes. Então muitas pesquisas tentam induzir a onda cerebral com estímulos externos, como luz e som.

Ruído marrom

Já o ruído marrom tem uma ênfase significativa nas frequências mais baixas, resultando em um som mais "pesado" e "grave", e pode lembrar o som de ondas do mar quebrando na costa, com os graves das ondas dominando. Podemos usar como exemplo uma chuva forte e constante.

O nível de som diminui à medida que a frequência aumenta mais do que no ruído rosa. Alguns aplicativos de sono usam esse som em vez do ruído rosa para proporcionar um efeito mais profundo.

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Atualmente, os artigos científicos mostram que o ruído marrom pode ajudar a diminuir os sintomas de zumbido nos ouvidos. No entanto, no que tange a qualidade do sono, mais pesquisas são necessárias para entender esse impacto.

Agora que sabe para que serve o ruído branco, rosa ou marrom, vale observar que a resposta ao som é pessoal, e o que funciona para uma pessoa pode não ser eficaz para outra. O uso moderado e adequado de qualquer tipo de ruído pode ajudar a criar um ambiente sonoro mais confortável e benéfico. Estudos já revelaram que o som pode aliviar a dor. A música também pode reduzir a dor física.

Fonte: WebMD, Journal of Theorecial Biology, Archives of Disease in Childhood, The New York Times