Risdiplam: SUS terá novo medicamento para tratamento de AME
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 16 de Março de 2022 às 10h43
Recomendado para o tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME), o medicamento risdiplam deve ser incluído na lista de remédios do Sistema Único de Saúde (SUS) nos próximos seis meses. A previsão do Ministério da Saúde é que a fórmula seja disponibilizada aos pacientes brasileiros em até 180 dias.
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A portaria da Saúde que tornou pública a decisão de incorporar o risdiplam no SUS foi publicada na segunda-feira (14). De acordo com o texto, a medicação será receitada para o tratamento de AME tipo I e II.
Risdiplam e AME
Vale explicar que AME é uma doença rara e passada de pais para filhos. A condição degenerativa interfere na capacidade do corpo em produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores — aqueles que são responsáveis pelos gestos voluntários vitais do corpo, como respirar, engolir e se mover.
Com a doença, a pessoa começa a atrofiar, de forma progressiva, a musculatura e isto dificulta a movimentação do paciente. De forma geral, a doença pode acometer bebês, crianças e adultos. No entanto, os casos mais graves são diagnosticados em bebês com menos de seis meses. Neste público, a doença recebe o nome de AME do tipo 1. No total, a doença pode ir do tipo 0 (antes do nascimento) até o IV (segunda ou terceira década de vida).
Remédios disponíveis no SUS
Com a decisão da Saúde, o risdiplam poderá ser prescrito no SUS para pacientes com AME do tipo I e II. No entanto, o medicamento não deverá ser usado para o tratamento da AME do tipo III. Além deste remédio, já está disponível o spinraza.
Vale salientar que, por enquanto, o medicamento zolgensma ainda não foi incorporado ao SUS. Desde agosto de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza o uso da medicação contra a AME. A fórmula é considerada um dos medicamentos mais caros do mundo e custa aproximadamente R$ 12 milhões.
Fonte: Ministério da Saúde e Agência Brasília