Remédios ficam mais caros no Brasil, com reajuste de até 4,5%
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela | •
A partir desta segunda-feira (1), o preço dos remédios podem subir em até 4,5% no Brasil, após decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). A possível alta nos medicamentos foi anunciada pelo governo federal no Diário Oficial da União (DOU), na última semana.
Os 4,5% equivalem ao teto limite de reajuste para os medicamentos para este ano em todo o país. Há um prazo de 15 dias para que as farmacêuticas e empresas do setor aumentem os preços dos remédios. Então, a alta deve ser sentida no bolso dos pacientes até a metade do mês de abril.
Remédios têm aumento de 4,5%
Para a Agência Brasil, o Ministério da Saúde informa que o percentual de aumento nos valores dos remédios é o menor desde 2020. "O percentual não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste", acrescenta a pasta.
“Para chegar ao índice, a Cmed observa fatores como a inflação dos últimos 12 meses (Ipca), a produtividade das indústrias de medicamentos, custos não captados pela inflação, como o câmbio e tarifa de energia elétrica e a concorrência de mercado, conforme determina o cálculo definido desde 2005”, pontua a Saúde.
Com o limite de reajustes, a ideia é controlar os preços dos remédios no país, impedindo aumentos abusivos de um ano para o outro. Inclusive, o índice coincidiu com a variação do Ipca dos últimos 12 meses, que teve alta de 4,5%.
Reajute mentém a competitividade da indústria framacêutica?
Além disso, os reajustes anuais nos valores dos remédios ajudam a manter a competitividade do mercado, como explica Carlos Pappini, diretor do conselho da Aliança para Saúde Populacional (Asap), em nota enviada ao Canaltech. "Há de considerar que esses produtos têm que se manter acessíveis à população, mas também preservar a capacidade de investimento e inovação das empresas farmacêuticas", pontua Pappini.
Alternativa para remédio barato
O aumento do preço dos remédios ocorre em relação aos disponíveis nas farmácias privadas, mas algumas medicações ainda podem ser obtidas de forma gratuita ou com desconto, através do programa Farmácia Popular. São aproximadamente 40 medicamentos incluídos no programa, o que contempla remédios para diabetes, asma, hipertensão e osteoporose.
Além disso, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e farmácias municipais também disponibilizam alguns remédios gratuitamente, dentro de alguns requisitos. Outras formas de economizar nos gastos envolvem a busca por medicamentos na internet e em aplicativos das próprias farmácias, além dos genéricos.
Fonte: Agência Brasil