Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Recém-nascido testa positivo para o novo coronavírus em Londres

Por| 16 de Março de 2020 às 21h15

Link copiado!

Pixabay
Pixabay

Um recém-nascido, em Londres, testou positivo para o novo coronavírus (SARS-CoV-2), minutos depois de nascer de mãe que também foi infectada. Dias antes do parto, a mulher foi internada em um hospital por sintomas de pneumonia e, recentemente, apresentou os sinais da doença COVID-19. O caso aconteceu no North Middlesex, em Enfield, norte da capital britânica.

O bebê agora vem sendo tratado na mesma unidade, enquanto a mãe foi transferida para uma clínica especializada em doenças infecciosas. Ainda não se sabe quando a criança contraiu a COVID-19, se foi no útero ou após o seu nascimento. “Não podemos dizer que aconteceu enquanto o bebê ainda estava no útero", disse o Dr. William Schaffner, professor de medicina preventiva e doenças infecciosas da Faculdade de Medicina da Universidade Vanderbilt.

Algumas infecções passam da mãe para o bebê por meio da placenta, enquanto o feto ainda se desenvolve no útero ou de fluidos corporais durante o parto. Por exemplo, o vírus Zika, que faz parte da família do coronavírus, pode ser transmitido para os recém-nascidos no útero e durante a concepção, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Continua após a publicidade

Quando passado para um bebê no útero, o vírus Zika pode causar microcefalia e outros defeitos cerebrais graves, disse o CDC. "Foi um fenômeno terrível o que aconteceu com o Zika", comenta Schaffner. O primeiro recém-nascido que testou positivo para SARS-CoV-2 acusou a doença 36 horas após sua mãe dar à luz. Nesse caso, também não estava claro se a transmissão ocorreu no útero — e saber isso é importante, pois, assim, é possível tratar melhor os pequenos e suas próprias mães.

Pesquisadores analisam amostras de outras mulheres grávidas

Após essa notícia, os pesquisadores vêm examinando amostras de nove mulheres com a COVID-19 e que foram internadas quando tinham de 36 a 39 semanas de gravidez em um hospital em Wuhan, na China, onde o surto começou. Todas elas deram à luz por cesariana. Para descobrir como e quando o novo coronavírus teria sido transmitido, a equipe analisou amostras de líquido amniótico, sangue do cordão umbilical, leite materno e amostras da garganta do recém-nascido.

Nada disso apresentou resultado positivo para o SARS-CoV-2, e tanto as mães quanto os bebês sobreviveram, de acordo com esse estudo, publicado em 12 de fevereiro na revista The Lancet. Nesses casos, pelo menos, o vírus não parecia passar entre a mãe e o feto em desenvolvimento. Agora, a questão maior é como esse novo recém-nascido em Londres vai se sair. "O bebê fica doente? Ele também desenvolve pneumonia?", perguntou-se o médico William Schaffner.

Continua após a publicidade

As crianças infectadas com este coronavírus apresentam principalmente sintomas leves. Mas ainda não há dados suficientes para dizer se os bebês se enquadram nessa categoria. "Os recém-nascidos são particularmente suscetíveis ​​e podem ser exceções a essa regra geral, pois são muito vulneráveis", afirmou Schaffner.

Mulheres grávidas por enquanto não estão em maior lista de risco

As mulheres grávidas costumam apresentar um risco maior de contrair algumas infecções respiratórias e desenvolver sintomas mais graves dessas infecções. Contudo, curiosamente, isso não parece ser o caso do novo coronavírus, de acordo com um relatório publicado no final de fevereiro pela Missão Conjunta da Organização Mundial de Saúde da China sobre Doença de Coronavírus 2019.

Continua após a publicidade

Das 147 gestantes com casos confirmados ou suspeitos de COVID-19, apenas 8% apresentavam uma forma grave da doença e somente 1% estava em estado crítico, segundo o documento.

N.e.: as imagens neste artigo são meramente ilustrativas.

Fonte: Live Science