100? 110? 120? Ou mais? Qual a idade máxima que o ser humano pode atingir?
Por Natalie Rosa • Editado por Luciana Zaramela |
Já existimos há um tempo suficiente para saber que o ser humano, raramente, consegue passar dos 100 anos de vida. Vemos familiares e pessoas famosas nos deixando de causas naturais na faixa dos 70, 80 ou 90 anos, sendo esta uma média do senso comum — sem considerar doenças e acidentes. Mas você já parou para pensar qual é a idade máxima que uma pessoa consegue atingir?
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Para tentar chegar em uma estimativa, cientistas de Singapura, na Ásia, conduziram um estudo que resultou em um exame de sangue que pode medir a idade máxima em que podemos atingir. Segundo o método, chamado de indicador dinâmico do estado do organismo (DOSI), o corpo humano tem vida útil de no máximo 150 anos.
Os pesquisadores conseguiram chegar na resposta através uma combinação de variáveis relacionadas à idade e das trajetórias de envelhecimento, considerando fatores como câncer e doenças neurológicas ou cardíacas. Os cientistas explicam que, quando envelhecemos, o nosso DNA se replica de forma contínua, nos deixando mais vulneráveis às doenças.
A métrica atual usada para chegar em uma estimativa é o exame de hemograma completo, que analisa as quantidades de leucócitos, glóbulos vermelhos e plaquetas no sangue, sendo também uma boa opção para rastrear doenças. E foi durante esse rastreio que os pesquisadores descobriram que as variações dos resultados dos exames poderiam ajudar na criação de um indicador geral de envelhecimento, criando o DOSI.
Em pessoas com estilos de vida nada saudáveis, como o tabagismo, os indicadores foram elevados, significando que há uma relação da idade com as condições de saúde. Porém, analisando indivíduos saudáveis, a pesquisa pode prever a incidência de doenças futuras, mesmo que eles não apresentassem qualquer sinal de início no momento do exame. Então, avaliando a perda progressiva de funções, os cientistas descobriram que os humanos podem chegar a uma idade entre 120 a 150 anos, nada mais que isso.
O resultado do estudo mostra, portanto, que independente do avanço dos tratamentos médicos no futuro, os seres humanos não conseguirão viver mais do que essa marca, pelo menos até quando alguém descobrir uma forma de "atrasar" o envelhecimento, o que ainda é inevitável.
O estudo completo pode ser consultado na revista científica Nature Communications.
Fonte: IFL Science