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Primeiro óbito por falta de UTI é confirmado em São Paulo (SP); entenda o caso

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Março de 2021 às 15h30

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Parentingupstream/Pixabay
Parentingupstream/Pixabay

O recente aumento de casos do novo coronavírus (SARS-CoV-2) colocou os sistemas de saúde em estado de alerta em inúmeras cidades pelo país. Nesta quinta-feira (18), a prefeitura de São Paulo confirmou a primeira morte de uma pessoa com COVID-19, de 22 anos e com comorbidades, que não conseguiu ser atendida na capital em decorrência da falta de vaga em leitos de unidades de terapia intensiva (UTI).

Vítima da COVID-19 e sem atendimento adequado, o paciente morreu no Pronto Atendimento II do Hospital São Mateus, na zona leste da capital. “Uma pessoa que faleceu sem conseguir ser atendida na cidade de São Paulo”, confirmou o prefeito Bruno Covas hoje (18), durante coletiva de imprensa,  coletiva concedida no início dessa tarde.

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De acordo com o prefeito da cidade, há 475 pacientes cadastrados hoje na Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS) à espera de uma vaga por UTI na capital paulista em decorrência das complicações da COVID-19. Na quarta-feira (17), esse número estava em 395. “É um momento de extrema dificuldade”, pontuou Covas.

Entenda o caso do paciente que morreu na capital por falta de atendimento

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que o paciente Renan —  que morreu enquanto aguardava o leito de UTI —  tinha 22 anos e faleceu no Pronto Atendimento São Mateus II no último sábado (13). De acordo com o relatório médico obtido pela Agência Brasil, o paciente era obeso e apresentava desconforto respiratório.

O paciente deu entrada no hospital no dia 11 de março, às 19h30. No dia seguinte, ele foi incluído na lista de espera da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS), quando foi iniciada uma busca por leito de internação. “Paciente ficou sob cuidados da nossa equipe médica e de enfermagem enquanto aguardava a liberação de um leito pelo Cross”, aponta o relatório médico. No 13 de março, o paciente apresentou piora em seu quadro clínico. Por volta das 17h20, Renan faleceu em decorrência das complicações da COVID-19.

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O fato aponta que a cidade já está enfrentando o pior momento em seu sistema de saúde e pode estar próxima ao colapso. Atualmente, a cidade tem 88% de seus leitos de UTIs ocupados. “É a pior crise sanitária do país”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, durante a coletiva da prefeitura.

Coronavírus no Estado de SP

Para além da capital, todo o estado de São Paulo vive uma situação difícil no controle do coronavírus. Até ontem (17), o estado contava com 25.880 pessoas internadas em decorrência da COVID-19, sendo 11.109 em UTIs e 14.771 em enfermaria. Este é o maior número já registrado desde o começo da pandemia, segundo o governo de SP. 

Além disso, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 90,3% no estado todo e de 90,6% na Grande São Paulo. Na última atualização, o estado notificou 17.942 novas infecções e 617 mortes registradas. No total, são 2.243.868 casos confirmados pela doença e 65.519 vítimas fatais.

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Fonte: Agência Brasil e Governo de SP