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Primeiro lote da vacina russa contra a COVID-19 chega para população de risco

Por| 09 de Setembro de 2020 às 11h00

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Willfried Wende/Pixabay
Willfried Wende/Pixabay

Nesta terça-feira (8), o Ministério da Saúde russo anunciou a liberação da vacina Sputnik V —  que funciona com dois tipos de adenovírus humano, que causam o resfriado comum, editados geneticamente —  para parte da população contra a COVID-19. Isso porque o primeiro lote do imunizante, desenvolvido pelo Instituto Gamaleya, passou nos testes de qualidade e foi liberado para a "circulação civil".

Segundo a agência de notícias russas Tass, o termo "circulação civil" representa pessoas de grupos de risco, como professores e profissionais de saúde. Isso significa que serão eles os primeiros russos a receberem o imunizante contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Provavelmente, essa vacinação começa nas próximas semanas.

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Quando começa a vacinação geral contra a COVID-19?

Quanto àvacinação da população, em geral, contra o coronavírus, a estimativa é que as campanhas comecem a acontecer a partir de novembro deste ano. "A vacina contra a infecção por coronavírus, em massa, começará a chegar já em novembro-dezembro", afirmou o ministro russo da saúde, Mikhail Murashko.

Segundo o artigo publicado na revista científica The Lancet na última sexta-feira (4), a Sputnik V não teve efeitos adversos e ainda induziu a resposta imune do organismo contra o coronavírus. Isso nas etapas 1 e 2 dos estudos clínicos, o que significa que a última etapa de pesquisa ainda será realizada.

Isso acontece porque a vacina russa contra a COVID-19  foi autorizada enquanto os testes clínicos da fase 3 — que serão testados em cerca de 40 mil voluntários, sendo que 30 mil receberão o imunizante e 10 mil receberão um placebo — ainda vevem ocorrer.

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No entanto, o vice-diretor do instituto Gamaleya, Denis Logunov, defende que existe uma "vasta base de evidências de que a vacina é segura" e que a segurança "foi o principal pré-requisito para seu registro" de forma emergencial.

No Brasil, o governo do estado do Paraná firmou uma parceria para testes e eventual desenvolvimento da vacina russa. Entretanto, o pedido de registro do imunizante para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não foi realizado.

Vacinação especial para crianças

Como a versão liberada da vacina até agora foi testada apenas em pessoas com mais de 18 anos, é provável que uma outra fórmula seja desenvolvida para as crianças.  A vacina deverá ter uma versão mais leve para os pequenos, adiantou o professor Aleksandr Butenko, do Instituto Gamaleya. 

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"As crianças têm massa corporal diferente. Naturalmente, uma criança com peso de 20 quilos definitivamente precisa de uma dose menor do que um adulto com peso de 50, 60 ou 70 quilos", comentou o cientista Butenko sobre a versão infantil do imunizante.

"O sistema imunológico de uma criança pode não estar suficientemente desenvolvido como o de um adulto. De uma forma ou de outra, todas as vacinas possuem classificações, para crianças e adultos", completou ainda o pesquisador russo. Entretanto, o projeto ainda aguarda permissão formal do Ministério da Saúde da Rússia para estudar os efeitos da potencial vacina em crianças. 

Fonte: G1 e Tass