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Por que o coração não se cansa de bater?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Janeiro de 2022 às 12h40

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Neonbrand/Unsplash
Neonbrand/Unsplash

O coração funciona ao ritmo médio de 72 batidas por minuto, o que equivale a 104 mil por dia, aproximadamente 38 milhões por ano. Mas se o coração é um órgão muscular, por que não se cansa de bater? Esse é um dos mistérios solucionados pela ciência com o passar dos anos.

Primeiro, precisamos entender que existem três tipos de músculo: esquelético, que é fixado aos ossos por meio dos tendões, como nos braços e pernas; liso, que pode ser encontrado na parede de órgãos ocos, como a bexiga; e, é claro, o cardíaco, que recobre o coração e permite os movimentos e o transporte de sangue para outros órgãos.

O músculo cardíaco é feito de células especiais chamadas cardiomiócitos, e diferente de outras células musculares do corpo, cardiomiócitos são altamente resistentes à fadiga. Normalmente, as mitocôndrias (responsáveis por fornecer energia para as células) alimentam os músculos, e isso também se aplica aos cardiomiócitos. No entanto, eles têm até 10 vezes a densidade das mitocôndrias, disparando sua produção de energia. Isso ajuda a explicar por que o coração não se cansa tão facilmente.

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O coração pode se cansar, sob condições extremas

Em 2001, um professor de cardiologia conduziu um estudo com 50 atletas escoceses para entender o nível de resistência do coração. Na ocasião, o pesquisador descobriu que é possível o coração se cansar, mas sob condições extremas.

Antes e depois de uma árdua corrida, os atletas fizeram eletrocardiogramas e ultrassons. Os cientistas perceberam que os corações desses atletas bombearam 10% menos sangue no final da corrida em comparação com a quantidade bombeada no início.

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A essa altura, talvez você esteja se perguntando por que nem todos os músculos são feitos de cardiomiócitos, porque aí todo mundo poderia ser fitness sem se preocupar com o cansaço. Acontece que os cardiomiócitos se contraem sem suprimento nervoso, então são incapazes de movimentos voluntários e intencionais.

Ainda, cabe dizer que os músculos podem ser classificados como voluntários, ou seja, quando a sua contração é coordenada pelo sistema nervoso, que é influenciado pelo desejo da pessoa; ou involuntários, quando a contração e o relaxamento do músculo não depende da vontade da pessoa — como é o caso do coração.

Fonte: Science Focus, Stanford News, Indiana Public Media, Cleveland Clinic