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Por que nós bocejamos? Entenda se bocejo é contagioso

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Junho de 2021 às 10h15

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nakaridore/Freepik
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Nosso organismo reage das mais diversas formas ao nosso estilo de vida, alimentação, estresse, entre outras coisas que estão acontecendo ao redor, e uma das mais perceptíveis por nós é o bocejo, que aparecem quando estamos com sono ou muito cansados. Isso não acontece somente com os humanos, mas também com alguns animais.

Uma das coisas mais curiosas sobre o bocejo, é que ele pode acontecer a qualquer momento, até mesmo quando não estamos com sono, e por isso dizem que ele é contagioso. Você já deve ter sentido vontade de bocejar ao ver alguém bocejando, certo? Existem diversas teorias em relação ao motivo de os bocejos acontecerem, mas muitas delas, claro, não fazem sentido, como a de que seria um pedido do corpo por oxigênio.

Se você bocejou só de ler até aqui, ou ao ver a foto de capa desta matéria, chegou a hora de aprender um pouco mais sobre os bocejos. Já adiantamos que, sim, eles são contagiosos, estão prepare-se para bocejar um pouco mais até o fim da leitura.

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Por que bocejamos?

Já sabemos que o bocejo acontece quando estamos cansados e com sono, mas será que existe uma explicação mais profunda para isso? Sabe-se que o bocejo é um reflexo que nós, humanos, compartilhamos com outros mamíferos, pássaros, e até mesmo répteis e peixes. Nós começamos a bocejar ainda dentro do útero, com 11 semanas de gestação.

Pesquisas científicas sobre o assunto vêm sendo feitas ao longo dos anos, mas são diversas as sugestões sobre as causas reais. A questão de ser uma necessidade de ter mais oxigênio no corpo para ficarmos acordados já foi refutada, uma vez que já foi comprovado que pessoas podem bocejar até mesmo se estiverem respirando um ar com alta concentração de oxigênio.

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Infelizmente, a notícia é que ainda não temos uma resposta definitiva sobre a causa dos bocejos, mas as possibilidades que mais chamam a atenção dos cientistas são interessantes. Eles dizem que os bocejos espontâneos acontecem quando estamos nos preparando para alguma atividade, seja física ou que exija bastante do cérebro, e também quando acordamos. Sendo assim, o bocejo nos ajuda a nos preparar para o que está por vir, aumentando o fluxo de sangue para o cérebro. Essa explicação faz sentido quando descobrimos que os peixes, por exemplo, bocejam antes de uma briga.

Também é analisada a possibilidade de o bocejo resfriar o cérebro, uma vez que já foi observado que as pessoas bocejem muito menos quando estão com as cabeças, literalmente, geladas. Além disso, o desempenho fisiológico é crucial para a regulação da temperatura, o que é controlado por uma região do cérebro chamada hipotálamo, que produz os hormônios adrenalina e cortisol, que lutam contra o estresse e que aumentam o estado de alerta. O que pode comprovar essa teoria é o fato de as pessoas e os macacos têm o costume de bocejar quando estão ansiosas.

O bocejo é realmente contagioso?

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O bocejo é, de fato, contagioso, e de acordo com um estudo realizado com voluntários pela Universidade Baylor, no estado norte-americano do Texas, é um sinal de vínculo e empatia. Mas não são só as pessoas que são contagiadas pelo bocejo, como também cachorros, que podem inclusive ser influenciados pelos bocejos humanos. Entram nesta lista também os chimpanzés, ratos, periquitos e leões, que podem abrir a boca para enviar sinais. Por esses animais serem bastante sociáveis entre si, mais uma vez a explicação de vínculo e empatia faz sentido.

E então, quantas vezes você bocejou lendo esta matéria?

Fonte: New Scientist, Healthline