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Pfizer e BioNTech testam vacina contra COVID-19 em grávidas

Por| 20 de Fevereiro de 2021 às 10h00

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Daniel Reche/PIxabay
Daniel Reche/PIxabay

Em maio do ano passado, quando a situação da COVID-19 já estava completamente fora do controle, o Canaltech levantou uma questão: como mães vêm lidando com gestação e maternidade em plena pandemia? Desde então, a medicina deu alguns passos rumo à resolução. Dentre as mudanças que aconteceram de lá para cá, há a vacina, começando a se tornar uma realidade. Com essas questões à vista, a Pfizer e a BioNTech anunciaram na última quinta (18) um estudo internacional com 4 mil voluntárias para avaliar a segurança e a eficácia de sua vacina contra a COVID-19 em mulheres grávidas saudáveis.

As autoridades de saúde pública já recomendaram que grávidas em profissões de alto risco tomem vacinas contra o coronavírus mesmo sem provas de que o imunizante é seguro para elas. Segundo o vice-presidente sênior de Pesquisa Clínica e Desenvolvimento da Pfizer, William Gruber, os dados apontam que mulheres grávidas infectadas com a COVID-19 têm taxas mais altas de que a doença fique grave.

Essas mulheres que foram infectadas também registram índices mais altos de complicações na gravidez, como nascimento prematuro, quando comparadas com mulheres grávidas não infectadas. Foi justamente pensando nesse risco aumentado que, segundo Gruber, as agências reguladoras norte-americanas e conselheiros de saúde pública estão interessados em conduzir o estudo — para que as pessoas possam ter as informações completas sobre o perfil de segurança.

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Vale lembrar que na semana passada, por exemplo, os institutos nacionais de Saúde dos Estados Unidos pediram maior inclusão de mulheres grávidas e lactantes em pesquisas de vacinas da COVID-19. 

COVID-19 e gravidez

Em junho de 2020, por meio de um estudo publicado na revista científica British Medical Journal, pesquisadores britânicos tiveram algumas conclusões preliminares sobre as consequências da COVID-19 nas gestantes e no bebê: observaram uma taxa alta de nascimentos prematuros e muitos bebês sendo admitidos na UTI neonatal. 

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Em julho, especialistas apontaram que entre 2% e 5% dos bebês nascidos de mães com COVID-19 apresentaram resultados positivos nas primeiras 96 horas de vida, a maioria sem desenvolver sintomas. No início deste mês, vários relatórios foram publicados levantando a possibilidade de infecção intra-uterina, mas outras causas potenciais de febre e dificuldade respiratória em um recém-nascido foram consideradas, como pneumonia bacteriana ou sepse (uma doença complexa e potencialmente grave, desencadeada por uma resposta inflamatória sistêmica acentuada diante de uma infecção, na maior parte das vezes causada por bactérias).

No entanto, na mesma época, um estudo publicado na revista norte-americana The Lancet Child & Adolescent Health apontou que é improvável que mães infectadas pela COVID-19 passem o vírus para seus bebês recém-nascidos, se forem tomadas as devidas precauções.

Fonte: Agência Brasil