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Pesquisadores descobrem nova estrutura do cérebro humano

Por| Editado por Luciana Zaramela | 24 de Janeiro de 2023 às 16h10

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twenty20photos/envato
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Um estudo publicado na revista Science revelou a descoberta de uma nova estrutura no cérebro: a SLYM (do inglês Subarachnoid Membrane Lymph Type, que na tradução fica Membrana Subaracnoide do Tipo Linfático). Trata-se de uma barreira protetora, capaz de monitorar infecções e inflamações.

Conforme aponta o artigo, a estrutura fica localizada dentro do espaço subaracnoideo, uma abertura entre duas membranas chamadas pia-máter e aracnoide — tecidos que criam uma barreira entre o sistema nervoso central e o resto do corpo. O espaço é preenchido com líquido cefalorraquidiano, que ajuda a amortecer o cérebro e atua como uma fonte de nutrientes.

A toeria dos pesquisadores é que a SLYM age justamente como uma barreira entre o líquido cefalorraquidiano que entra no cérebro e o que sai do órgão, arrastando resíduos de proteínas. Isso quer dizer que uma deterioração dessa membrana atrapalha a limpeza do cérebro e impacta negativamente a função neuronal.

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“A descoberta de uma nova estrutura anatômica que segrega e ajuda a controlar o fluxo de líquido cefalorraquidiano dentro e ao redor do cérebro agora nos fornece uma apreciação muito maior do papel sofisticado que o líquido desempenha não apenas no transporte e remoção de resíduos do cérebro, mas também no suporte de suas defesas imunológicas”, apontam os pesquisadores.

É possível entender, então, que a SLYM exerce um papel importante para as defesas do cérebro. O sistema nervoso central mantém sua própria população nativa de células imunológicas, e a integridade da membrana impede a entrada de células imunológicas externas.

Além disso, os pesquisadores dissertam que a descoberta da SLYM abre as portas para um estudo mais aprofundado de seu papel nas doenças cerebrais. O grupo observa que concentrações maiores e mais diversas de células imunes se reúnem na membrana durante a inflamação e o envelhecimento. Quando a membrana é rompida durante uma lesão cerebral traumática, a interrupção resultante no fluxo de LCR prejudica o sistema glinfático e permite que células imunes do sistema nervoso periférico entrem no cérebro.

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Fonte: Science via SciTech Daily