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Pesquisadores da USP isolam variante Ômicron e vão acelerar pesquisas nacionais

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Dezembro de 2021 às 09h40

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twenty20photos/envato
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Pesquisadores da Universidade de São Paulo isolaram, pela primeira vez no Brasil, a variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2. O feito deve facilitar diagnósticos de infecções da covid-19 causados por esta cepa, e também pode acelerar estudos nacionais para avaliar a eficácia das vacinas contra as novas mutações.

Agora, a equipe de cientistas do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) cultiva amostras da variante Ômicron em células Vero. Daqui a duas semanas, o laboratório já iniciará a distribuição da cepa para outros centros de pesquisa brasileiros, desde que estejam no nível 3 de biossegurança (NB-3).

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Benefícios de isolar a variante Ômicron

“É a primeira vez que a cepa ômicron é isolada no Brasil”, conta o cientista Edison Luiz Durigon, professor do ICB-USP e coordenador do projeto — apoiado pela FAPESP. Curiosamente, a mesma equipe de cientistas foi a primeira a isolar e cultivar, em laboratório, a cepa original do SARS-CoV-2, descoberta em Wuhan, na China.

No caso da variante Ômicron, Durigon conta que a amostra, posteriormente isolada, foi coletada de um casal de brasileiros que mora na África do Sul, mas que veio ao Brasil a passeio. Vale explicar que eles estão entre os primeiros casos conhecidos da cepa no país.

A coleta inicial das amostras foi feita pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Na última quarta-feira (8), foi enviada para o laboratório do ICB-USP. “Essa amostra foi rapidamente sequenciada pelo hospital, que confirmou que era a cepa Ômicron. Pegamos essa amostra e colocamos em cultura de célula”, detalha Durigon.

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“Agora, estamos preparando alíquotas da cepa ômicron para poder distribuir para laboratórios e grupos de pesquisadores que queiram padronizar novos testes para identificar essa variante rapidamente em outras cidades e Estados”, adianta Durigon.

A previsão é de que, no período de duas semanas, haverá um estoque suficiente de vírus cultivado para dar início à distribuição pelo país. “Para os laboratórios que estão necessitando com mais urgência, conseguimos enviar algumas alíquotas mais rapidamente”, completa.

Fonte: Agência Fapesp