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Pesquisa de Stanford investiga se Apple Watch pode detectar o novo coronavírus

Por| 14 de Maio de 2020 às 21h15

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Já pensou se um Apple Watch conseguisse detectar a presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2), a partir de dados como a atividade cardíaca e a frequência respiratória do usuário? É exatamente isso que um grupo de pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, começa a investigar. A ideia é entender de que forma esses dados podem prever o disgnóstico da COVID-19, antes mesmo do aparecimento de sintomas.

Ainda em fase de captação de voluntários, os pesquisadores procuram por usuários do smartwatch da Apple ou mesmo de dispositivos similares para a inscrição no projeto. A iniciativa recebe o nome de Wearables Data Study e é conduzida pelo Dr. Michael Snyder, PhD.

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Como divulgados na página do projeto, para participar o usuário deve atender a pelo menos um dos seguintes pré-requisitos: ser um paciente confirmado ou suspeito para a COVID-19; ter sido exposto a alguém teve contato com uma pessoa infectada; ser de um grupo de alto risco por conta da exposição, como os profissionais da saúde.

Além disso, é preciso que o usuário use seu dispositivo inteligente de forma contínua e baixe um aplicativo específico em seu smartphone (que permitirá o acompanhamento dos seus dados). Participar do projeto também demanda o preenchimento diário de uma pesquisa de sintomas que leva de um a dois minutos e permitir o acesso ao seu registro médico eletrônico.

Para os apressados, infelizmente, o estudo só colherá frutos da pesquisa quando a humanidade espera já ter uma vacina aprovada contra o novo coronavírus. Isso porque a pesquisa durará até dois anos.

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Etapas da pesquisa

Após a primeira fase da pesquisa de Stanford que envolve a inscrição de voluntários, a segunda fase envolve a construção de um painel pessoal, onde o usuário pode informar quando está adoecendo. "Estamos recebendo uma tonelada de pessoas que têm um smartwatch e estão doentes", afirma Michael Snyder, um dos cientistas responsáveis pelo projeto.

“Há muitos usuários de smartwatch por aí. Existem 30 milhões de usuários ativos da Fitbit, milhões da Apple Watch. Estamos falando de dezenas de milhões de pessoas, todas com esses relógios inteligentes que podem ser protetores de saúde para doenças infecciosas como a COVID-19”, comenta Snyder sobre o potencial da pesquisa para o diagnóstico precoce do coronavírus.

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Por mais promissor que o estudo pareça, muitos obstáculos deverão ser contornado, principalmente, nos aspectos legais e burocráticos. Isso porque essa capacidade (mesmo que comprovada por Stanford) precisará de uma autorização formal da agência federal norte-americana FDA (Food and Drug Administration) para o lançamento de qualquer produto relacionado à prevenção da COVID-19.

Fonte: 9to5Mac