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Pesadelos podem aumentar em três vezes a chance de morrer antes dos 75 anos

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jcomp/freepik
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Todo mundo odeia ter pesadelo, e eis um motivo para odiar ainda mais: adultos que sofrem pesadelos semanalmente têm quase três vezes mais chances de morrer antes dos 75 anos. A descoberta foi apresentada no  11º Congresso da Academia Europeia de Neurologia (EAN) no último mês de junho, e acompanha um alerta sobre os impactos dos distúrbios do sono na saúde a longo prazo.

O estudo reuniu dados de mais de 4 mil americanos com idades entre 26 e 74 anos, acompanhados por até 18 anos em quatro pesquisas de longo prazo. Mesmo considerando fatores como idade, tabagismo, saúde mental e obesidade, os pesadelos frequentes continuaram associados a um risco de mortalidade precoce semelhante ao hábito de fumar.

Os pesquisadores também analisaram os chamados "relógios epigenéticos", marcadores biológicos que indicam o envelhecimento celular. Indivíduos com pesadelos constantes apresentaram uma idade biológica mais avançada do que a cronológica. A estimativa apresentada no estudo é que cerca de 39% da ligação entre pesadelos e morte precoce esteja relacionada ao envelhecimento acelerado.

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A explicação pode estar no estresse intenso gerado durante os pesadelos, que ocorrem na fase do sono REM, quando o cérebro está ativo, mas o corpo paralisado. Durante esses episódios, hormônios como adrenalina e cortisol disparam, ativando respostas de luta ou fuga, como se o perigo fosse real. A repetição dessas reações pode manter o corpo em estado de alerta constante, causando inflamações, hipertensão e desgaste celular.

O despertar abrupto interrompe o sono profundo, fase essencial para a regeneração do corpo e limpeza celular. Essa combinação de estresse crônico e sono fragmentado pode explicar o envelhecimento acelerado.

Embora os pesadelos sejam comuns, os pesquisadores responsáveis lembram a importância de tratá-los por métodos como a terapia cognitivo-comportamental. Manter o quarto escuro, silencioso e sem telas também pode ajudar!

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Fonte: European Journal of Neurology, The Conversation