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Pedras de comida mal digerida, cabelo e chiclete podem durar anos no intestino

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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João Lucas Lagos/Pexels
João Lucas Lagos/Pexels

Você sabia que pedras de comida mal digerida, cabelo e chiclete podem durar anos no intestino? Na última quarta-feira (17), uma mulher de 24 anos do Equador passou por um procedimento cirúrgico que retirou uma bola de cabelo de seu estômago. A massa tinha pelo menos 40 cm de altura e pesava 2 kg.

Segundo comunicado divulgado pela instituição responsável pela cirurgia, o Hospital Verdi Cevallos, era "uma massa que ocupava toda a cavidade gástrica e que podia ser identificada até pelo toque externo".

A obstrução atingia também a primeira porção do intestino, então o paciente perdeu muito peso significativa, a ponto de não conseguir ingerir alimentos. Então a cirurgia serviu para evitar ferimentos graves no estômago.

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A cirurgia durou 45 minutos. Após a operação, o paciente recebeu alta hospitalar, mas continuará com acompanhamento abrangente.

Bezoar

Esse acúmulo de material parcialmente ou não digerido é chamado de bezoar. Basicamente, pode ser feito de qualquer material que não seja bsorvido pela parede intestinal.

Como resultado, o material se acumula dentro do lúmen, o espaço oco do intestino, e aumenta gradualmente de tamanho.

Muitos materiais podem se desenvolver em bezoares, como fibras de frutas e vegetais, leite, medicamentos e chiclete. A ingestão de materiais inorgânicos como papel, poliestireno e plásticos também pode causar bezoares. É por essas e outras que engolir chiclete faz mal.

O mais perigoso é que, como muitas massas pedregosas no corpo, como cálculos biliares e renais, o bezoar pode não desencadear nenhum sintoma e permanecer escondidos por anos.

No entanto, o bezoar também pode causar problemas, como:

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  • Náusea
  • Dor abdominal
  • Vômito
  • Úlcera
  • Sangramento

"A formação de bezoares pode ocorrer em indivíduos com fisiologia e anatomia normais. No entanto, pacientes com anatomia alterada apresentam maior risco para o desenvolvimento de bezoares. Os fatores de risco para a formação de bezoares incluem gastrectomia parcial, diabetes mellitus complicada por gastroparesia ou outras doenças sistêmicas", diz um artigo científico da Gastroenterology & Hepatology.

Se o bezoar for pequeno, pode ser removido por meio de um endoscópio. No entanto, a remoção de um bezoar maior (como no caso dessa mulher do Equador que teve retirada a bola de cabelo do estômago) requer uma cirurgia mais complexa.

Fonte: El Nuevo Ecuador, The Conversation, Gastroenterology & Hepatology