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Pandemia, epidemia e surto: entenda a diferença entre os termos

Por| 30 de Março de 2020 às 19h18

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Estamos vivendo em situação de pandemia. No último dia 11, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, é oficialmente uma epidemia. A declaração acontece poucos meses depois dos primeiros casos serem registrados na China.

De acordo com a OMS, o aumento dos casos de contaminação — com a COVID-19 rapidamente saindo do país oriental para o resto do mundo, atingindo inclusive no Brasil — foi suficiente para considerar a doença uma pandemia.

No entanto, você deve estar se perguntando o que exatamente significa isso, certo? Pandemia é diferente de epidemia? E surto? Esses nomes estão relacionados? Calma, o Canaltech vai explicar a diferença de cada um desses termos.

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O que é surto?

Quando se fala em surto, o problema ainda é pequeno, mas mesmo assim algo incomum, porque há um registro repentino no aumento de casos de uma determinada doença, em uma determinada área. Quando doenças começam a ser monitoradas, epidemiologistas traçam previsões de contágio, envolvendo tempo, locais e população afetadas, e quando os números não chegam a alcançar as expectativas, o caso é considerado um surto.

Assim que as autoridades de saúde detectam a existência de um surto, imediatamente começa uma investigação para determinar, exatamente, quantas pessoas foram afetadas e quantas possuem a doença. Com essas informações em mãos, é possível descobrir a melhor maneira de conter esse surto, prevenindo, então, novas contaminações e a evolução para uma escala maior.

Surtos podem durar um pequeno período de tempo, entre dias e semanas, mas também pode existir por anos, e muitos deles já são esperados com frequência a cada ano, como o da gripe comum.

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Exemplo: um surto de meningite em uma escola.

O que é epidemia?

Já uma epidemia se aproxima mais da pandemia, sendo a evolução do surto. Nela, o surto de uma doença altamente contagiosa se espalha com velocidade a diversos grupos de pessoas em uma larga área geográfica e fora de controle. O termo é usado quando o problema vem se espalhando com rapidez até que, sem a possibilidade de ser controlado, começa a atingir cada vez mais territórios, tendendo a se tornar algo muito maior.

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Existe ainda o termo endemia, que classifica uma doença contagiosa que acontece em uma região geográfica bem específica. São exemplos de endemia a febre amarela e a dengue aqui no Brasil, doenças tropicais bem conhecidas no país.

O que é pandemia?

A pandemia é um tipo de epidemia, porém que se alastrou para várias regiões de um continente ou mesmo do globo em um período relativamente curto de tempo. Para que uma doença seja classificada como uma pandemia, o seu contágio precisa ser internacional e fora de controle, como vem acontecendo com o novo coronavírus. Ainda não há remédio para a cura ou tratamento dos sintomas, muito menos uma vacina. Viajantes começaram a espalhar o vírus para outros países, passando por diferentes estados e cidades de forma rápida, uma vez que a COVID-19 se espalha fácil e com uma velocidade assustadoramente alta. 

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O novo coronavírus é transmitido por gotículas de saliva, tosse, catarro, espirro, contato com pessoas, objetos e superfícies contaminadas. Ou seja, é muito difícil evitar essa contaminação, que vem acontecendo globalmente, sendo então classificada como uma pandemia global, por estar disseminada em praticamente todos os países do mundo.

Para entender melhor, veja algumas características da pandemia:

  • Quando uma grande área geográfica é afetada pela contaminação da doença, em muitos casos globalmente;
  • Resulta em um alto número de pessoas infectadas;
    Normalmente é causada por um novo vírus ou cepa de vírus que não circula nas pessoas há um bom tempo;
  • Provoca perda econômica e ruptura social;
  • Causa mais mortes.
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Vale reforçar, no entanto, que os termos epidemia e pandemia não indicam a gravidade da doença em si, mas sim o grau de contaminação. A declaração de pandemia permite que autoridades e agências de saúde nacionais e globais possam tentar resolver o problema com intensidade. O uso do termo pandemia também serve para destacar a importância dos países trabalhando em grupo no combate ao vírus, conscientizando a população sobre o problema e aumentando as medidas de controle.

Os três termos são usados não só na área da medicina, como também na política e na economia, permitindo que haja o conhecimento sobre como agir em relação a cada um deles. Antes do novo coronavírus, a última pandemia declarada pela OMS foi a da H1N1, que aconteceu em 2009.

Em 11 de março de 2020, quando a COVID-19 foi considerada uma pandemia, havia mais de 120 mil casos em, pelo menos, 114 países. Mesmo com o alto contágio, a OMS continua acreditando no controle do problema e na minimização dos danos com decisões agressivas de controle, como a quarentena.

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Uma declaração de pandemia avisa governos, agências e organizações de saúde que é preciso abusar dos esforços para a mitigação, deixando claro que haverá impacto econômico, político e social, tornando-se um evento histórico.

 

 

 

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