Paciente com câncer grave no pulmão era tratada com xarope para tosse
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |

Na Inglaterra, uma mulher de 29 anos foi tratada durante meses com um xarope para tosse, quando, na verdade, estava com um tipo bastante agressivo de câncer e o tumor já tinha chegado ao pulmão. Entre as idas e vindas do hospital, médicos suspeitaram que a paciente estivesse infectada pelo vírus da covid-19, mas os testes todos deram negativo.
A primeira vez que a paciente Alix Burnard procurou ajuda médica para diagnosticar seus sintomas foi em março de 2021. Na época, apresentava apenas uma tosse frequente e foi descartada a hipótese da covid-19, mas não chegou a passar por exames que avaliassem o seu pulmão na cidade inglesa de Newbury.
Apesar da situação, “continuei contatando os médicos, quando não me sentia bem, mas eles só sugeriam xarope para tosse", explica a mulher para o Mirror. Em abril, os gânglios na sua garganta começaram a inchar e a paciente passou a sentir dores no peito.
“Em maio, estava lutando para respirar e não conseguia falar sem ficar sem ar. Tossia catarro constantemente e não podia sair de casa sem um copo para tossir", acrescenta sobre a evolução do seu caso. Em julho, a paciente passou por uma tomografia computadorizada e, então, foi possível observar que a situação não seria resolvida com um xarope.
Entenda o tipo de câncer que a paciente desenvolveu
Após passar por uma biópsia, os médicos descobriram que a paciente estava com um tipo de câncer conhecido como adenocarcinoma. Inicialmente, este câncer se forma no tecido glandular, mas pode se espalhar facilmente para outras partes do corpo, como o pulmão.
No momento em que foi descoberto, a mulher não tinha mais possibilidade de cura, devido à gravidade do caso. Além do pulmão, o câncer também tinha se alastrado para o fígado, o ombro, a coluna e a pelve. Inclusive, a paciente chegou ser internada algumas vezes desde então.
Atualmente, Alix iniciou uma série de tratamentos com o objetivo de retardar a propagação, voltada para os cuidados paliativos, mas não há perspectiva de cura, segundo a equipe médica. "Se você tiver uma tosse persistente, por favor, não a ignore. Fale com seu médico e faça um exame, isso pode salvar sua vida", recomenda a paciente.
Recentemente, um outro caso médico chamou a atenção envolvendo o sistema respiratório e a fala. Por mais de 12 meses, um paciente norte-americano conviveu com a sua voz rouca e dor de garganta. Até que se descobriu que um fungo era o responsável por sua condição misteriosa.