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Oxford e AstraZeneca pedirão autorização para uso emergencial de vacina no BR

Por| 24 de Novembro de 2020 às 13h30

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Cottonbro/Pexels
Cottonbro/Pexels

A corrida por uma vacina contra a COVID-19 continua, e a próxima cartada da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, que juntas desenvolvem a vacina ChAdOx1 nCoV-19, é submeter os resultados dos estudos à Anvisa e pedir autorização para o uso emergencial do imunizante no Brasil. Nesta segunda-feira (23), os representantes de Oxford e da AstraZeneca se reunirão com Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Caso a Anvisa aprove, a vacina deve chegar à população brasileira já em janeiro de 2021. A partir do ano que vem, com o acordo feito entre Oxford/AstraZeneca e o governo brasileiro, a Fiocruz deve começar a produzir o imunizante. De acordo com uma entrevista de Sue Ann Costa Clemens (pesquisadora da Unifesp, parceira do estudo de Oxford) para O Globo, a dosagem a ser aplicada na população será a mesma que demonstrou a mais alta eficácia constatada nos estudos: meia dose na primeira aplicação, e uma dose inteira na segunda.

Com isso, 30% a mais de doses serão distribuídas à população, tornando a vacinação em massa mais barata. A cientista ressalta, ainda, queo preço do imunizante de Oxford também é o mais baixo de todas as vacinas eficazes conhecidas até agora: US$ 3 (o equivalente a R$ 16,29) cada dose.

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Na composição, a vacina ChAdOx1 nCoV-19 utiliza um adenovírus encontrado em chimpanzés e que não causa reação em humanos. Antes de ser inserido na fórmula, esse adenovírus foi editado geneticamente, perde sua capacidade de reprodução e também tem incluída, em seu material genético, a proteína spike, característica do coronavírus. Ou seja: o vírus modificado carrega um identificador da COVID-19 e, assim, espera-se que as pessoas que receberam a vacina desenvolvam anticorpos contra a doença.

A vacina em questão pode ser armazenada a temperaturas que vão de 2 a 8 graus Celsius, o que facilita a logística de distribuição e armazenamento. "Em qualquer sistema de saúde no mundo você tem essas geladeiras. É uma notícia muito boa, porque se trata de uma vacina de fácil acesso. A outra coisa superimportante é que temos uma indicação precoce, já que os dados são preliminares, de que a vacina poderia reduzir a transmissão do vírus, não só protegendo contra a doença, mas impedindo a infecção. Aí você está ajudando realmente a parar a pandemia", afirma a cientista. No entanto, esse armazenamento refrigerado pode se apresentar como um obstáculo, algo que tem acontecido com a vacina da Pfizer.

Sue Ann Costa Clemens alega que não houve casos graves nem de hospitalizações dentre as pessoas que tomaram o imunizante de Oxford. No mundo inteiro, já há mais de 30 mil voluntários envolvidos nos ensaios clínicos da ChAdOx1 nCoV-19. Além de Brasil e Reino Unido, participam das pesquisas Estados Unidos, África do Sul, Quênia, Japão, Índia e Rússia.

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Fonte: O Globo