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Os 10 experimentos científicos mais macabros da história

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Abril de 2022 às 08h51

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Romankosolapov/Envato Elements
Romankosolapov/Envato Elements

Na história da ciência, muitas descobertas foram feitas de forma aleatória, como a do antibiótico penicilina, em 1928. Outros aprendizados foram fruto de um árduo trabalho de pesquisa, como a teoria da Evolução das Espécies. Em paralelo, alguns experimentos, infelizmente, entraram para os livros por serem macabros e não respeitaram nenhum código de ético ou de conduta, como o laboratório de Mengele ou a Unidade 731, ambos da Segunda Guerra Mundial.

Por causa destes experimentos científicos que extrapolam os limites do que é aceitável, muitos pesquisadores já foram retratados, na literatura, no cinema e nas séries de TV, como loucos e até psicopatas. Talvez, um dos mais icônicos seja o romance de terror gótico Frankenstein, escrito pela britânica Mary Shelley.

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Embora inúmeros exemplos possam ser citados na ficção, a vida real também tem os seus cientistas malucos e, em muitos casos, criminosos. Em seus atos e experimentos, os limites entre a ética e a autonomia humana são borrados ou mesmo apagados.

A seguir, confira os 10 dos piores e mais macabros experimentos feitos em seres humanos na história.

Experimentos nazistas

Muito provavelmente, os experimentos feitos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial sejam os mais conhecidos entre as pesquisas macabras da história. No laboratório do médico Josef Mengele em Auschwitz, uma infinidade de atrocidades foram cometidas. Por exemplo, os prisioneiros judeus — e de outros grupos perseguidos, incluindo crianças — eram usados para testar tratamentos contra doenças infecciosas e potenciais armas químicas. Entre os absurdos promovidos, chegou-se a injetar tinta nos olhos de gêmeos para entender se era possível alterar a pigmentação da íris. O médico também costurou irmãos na tentativa de criar siameses artificiais.

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Unidade 731

Entre os anos de 1930 e 1940, o Exército Imperial Japonês realizava experimentos em civis, vindos principalmente da China, dentro da Unidade 731. Os testes eram liderados pelo general Shiro Ishii e, dependendo dos objetivos do mandante, pessoas eram expostas a diferentes agentes infecciosos, como cólera e antraz. Era um laboratório, com fins obscuros, que alimentava o conflito e ataques da Segunda Guerra Mundial. Carregando a peste, pulgas eram lançadas em cidades chinesas, com o objetivo de matar inocentes nesta guerra biológica, promovida a partir de ideais cultivados na unidade.

Experimentos em escravos

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O norte-americano Marion Sims é conhecido como o pai da ginecologia moderna e responsável por desenvolver o tratamento para a fístula vesicovaginal, mas as suas formas de testar novos procedimentos fogem completamente da ética. O médico realizou cirurgias experimentais em escravas, privadas de liberdade de escolha. Os procedimentos eram feitos sem anestesia e o caso de Anarcha Westcott é um dos mais conhecidos, já que passou por 30 cirurgias do tipo.

Sífilis até a morte

Ainda nos Estados Unidos, o Serviço de Saúde Pública (USPHS) iniciou, em 1932, um polêmico experimento que consistia em acompanhar os efeitos da sífilis não tratada na saúde de homens negros. No total, foram acompanhados 399 homens doentes, no estado do Alabama. Nem quando a penicilina se tornou o principal modelo de tratamento, os pacientes tiveram acesso a ela. Quando a história dos testes foi vazada pela imprensa em 1972 é que o estudo de Tuskegee foi interrompido.

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Mais experimentos sobre sífilis

Em 1946, o governo dos EUA liderou um novo estudo sobre a sífilis, mas desta vez os "voluntários" eram crianças órfãs e criminosos da Guatemala, que não tiveram direito de escolher a inclusão no estudo. Cerca de 1,5 mil pessoas foram intencionalmente expostas a infecções sexualmente transmissível (ISTs), como sífilis, gonorreia e cancro mole. O objetivo foi testar a eficácia da penicilina no tratamento, até então uma recém-descoberta da medicina.

Estudo de anatomia e assassinato de inocentes

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Para "facilitar" o estudo de anatomia em Edimburgo, na Escócia, a dupla William Hare e William Burke sufocava inúmeros inocentes e vendia os corpos ao anatomista Robert Knox, entre os anos de 1827 e 1828. Na época, somente poderiam ser dissecados criminosos que foram executados, mas esta foi uma maneira — muito questionável — de tentarem viabilizar uma série de estudos do tipo.

Forçando a gagueira em órfãos

Nos EUA, fonoaudiólogos da Universidade de Iowa queriam comprovar a hipótese de que a gagueira era um comportamento aprendido. Em 1939, o grupo de pesquisadores selecionou crianças órfãs do estado de Ohio e tentaram induzir a condição, através de reforços negativos. Por exemplo, só poderiam falar se tivessem a certeza de que não iriam gaguejar. Como esperado, os testes fracassaram, mas geraram inúmeros complexos e pertubações nos menores.

Edição genética de bebês

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Em 2018, o cientista chinês He Jiankui anunciou ter criado os primeiros bebês humanos editados geneticamente em laboratório. A experiência culminou no nascimento das gêmeas Lula e Nana, e a promessa de que seriam imunes ao HIV. Este é o mais recente entre os experimentos macabros e, até o momento, não sabe quais serão as implicações para as crianças e nem se ainda estão vivas. Isso porque a ciência desconhece o impacto da edição genética em humanos. Após a polêmica, o pesquisador chegou a ser preso. Hoje, já foi liberado.

Separando trigêmeos

Na década de 1960, o psiquiatra Peter Neubauer planejou estudar como o ambiente afeta a formação de indivíduos e, para isso, resolveu separar crianças trigêmeas no momento de seus respectivos nascimentos. Durante o experimento, elas nunca souberam da existência dos irmãos, até que um dia, dois deles se encontraram em uma universidade norte-americana. Nesse momento, o escandaloso estudo foi descoberto e o terceiro irmão apareceu, após ler uma notícia sobre o caso na imprensa.

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"Brincando" de polícia e ladrão

Em 1971, o psicólogo Philip Zimbardo propôs um estudo para compreender o comportamento humano, que ficou mundialmente conhecido como o experimento da Prisão de Stanford. Durante a pesquisa, foi montada uma prisão provisória e estudantes universitários foram recrutados para serem do grupo da polícia ou dos ladrões (prisioneiros). Em seis dias, os guardas se tornaram abusivos e os prisioneiros histéricos, o que levou ao fim precoce do estudo. Pode parecer curioso, mas a atividade ultrapassou inúmeros limites éticos e chegou a permitir que voluntários torturassem uns aos outros.

Observação final: a lista de experimentos macabros não foi feita em ordem crescente de horror, já que os estudos envolvem diferentes níveis de crueldade e as vítimas não precisam ter seus sofrimentos elencados, mesmo que a maioria já esteja morta. Inclusive, podemos apostar que pelo menos outras dezenas de estudos poderiam ser incluídos nesta pequena seleção.

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Fonte: LiveScience, Universidade de Tuskegee e The Guardian